tag:blogger.com,1999:blog-8735727614380793885.post2187837632231537790..comments2023-12-17T16:13:11.673-03:00Comments on Spinoza e amigos: "Nobreza" (2)Ricardohttp://www.blogger.com/profile/09600866100755674495noreply@blogger.comBlogger9125tag:blogger.com,1999:blog-8735727614380793885.post-12444539676745981412017-01-15T10:59:30.663-02:002017-01-15T10:59:30.663-02:00Caro professor Ricardo,
Nunca mais ouvi um comentá...Caro professor Ricardo,<br />Nunca mais ouvi um comentário seu a respeito dos nobres. <br />Relendo seu texto agora, notei uma passagem que me fez pensar. Eu nunca pretendi convencer o professor Ricardo do fato de a nobreza ser hereditária. A História, a nossa civilização judeo-cristã são quem, justamente, alicerçam essa idéia. Existe uma expressão, a qualidade de sangue, que, na ideologia propagada pela nobreza, é responsável pela manutenção de um status qui social. Era muito forte no Antigo Regime. Depois da queda do Antigo Regime, que varia de monarquia para monarquia, decaiu bastante a qualidade de sangue, na qual um individuo poderia pleitear um cargo publico ou uma nomeação (veja que nao havia concursos públicos) baseado no fato de que seu antepassado servira ao Rei em tal e tal batalha etc. Nesse sentido, há, realmente, tendência à imortalidade de um sangue nobre. Faz parte da ideologia da nobreza imortalizar-se. Não basta ter um antepassado herói de qualquer coisa. Esse antepassado não era ninguém mesmo, tanto que precisou ser um herói. Agora, a descendência já é imortalizada no nome do herói antepassado. Foi assim com Vasco da Gama, o descobridor do caminho para as Índias, que rendeu à MonRquia portuguesa seculos de império ultramarino. Foi bom para os portugueses, foi bom para os descendentes de Vasco da Gama, foi bom para a aproximação entre Ocidente w Oriente. Foi um marco na historia mundial. E é por isso que, hoje, quando se fala nos condes da Vidigueira e nos marqueses de Niza, já se lhes atrybui todo um passado de seiscentos anos de nobreza pelos Gama de Vasco da Gama. <br />Tome-se qualquer nobre e sua historia está marcada, geralmente não por isso m, mas por vários nobres seus antepassados, os quais se tornaram famosos de algum modo. Eu descendo três vezes de Diogo Lopes Pacheco, um dos assassinos de Inês de Castro e filho do senhor de Ferreira de Aves e, claro, parente da rainha dona Constança Manoel. Por outras vias, descendo duas vezes de Inês de Castro. E assim a gente vive, conhecendo nossas histórias familiares, observando o tanto de contradição de que somos fruto, cono no caso do filho dos condes de Moray, na Escócia, ter-se casado com a filha dos marqueses de Huntlu, quando o marquês de Huntly mandou matar o conde de Moray. O casamento foi realizado, para restabelecer laços de amizade... E como nós, hoje, vivemos com esses antepassados, cuja história é assim antagônica?<br />Na minha próxima mensagem, examinarei, uma vez mais, essa combinação curiosa que querem fazer entre nobreza e classe média.<br />Aguardo sua opinião.<br />Cordialmente,<br />Eduardo Pellew Wilson conde de WilsonEduardohttps://www.blogger.com/profile/10158671854112852286noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8735727614380793885.post-67155651144629153872016-01-15T13:21:21.431-02:002016-01-15T13:21:21.431-02:00Nem sempre algo existe pelo seu oposto. O advento ...Nem sempre algo existe pelo seu oposto. O advento da burguesia bem ilustra esse conceito. Quando a burguesia surgiu, PPR volta do século XIV, mesmo um pouco antes, nem havia proletariado, que é um conceito oriundo da Revolução Industrial. Na Idade Média, os servos pagavam tributo a seus senhores. E um suserano poderia ter, como tinha de fato, vários feudos e uma família nobre pagar-lhe tributo. É o caso dos Harcourt na França, à época barões. <br />Se há nobres, há plebeus. Não existe uma contrariedade necessária entre esses dois grupos sociais. Para exemplificar, houve um marquês na Inglaterra setecentista que se encantou com uma prostituta de bordel. Com ela casou-se e teve filhos. A descendência é ilustre. Tem um príncipe italiano que se amaziou com una senhora brasileira e, depois de os filhos nascidos, com ela casou-se. Nesse caso, a senhora era figura de menor, se algum, relevo social. Talvez fosse proletária. Então, é possível haver matrimonio entre pessoas de meios sociais diferentes. Há realmente muitos exemplos, inclusive na minha família.<br /> Na sua pergunta: há ainda espaço para nobres se ninguém se preocupa com a segmentação dos plebeus? Como acima escrevi, nobre e plebeu não são pessoas necessariamente dicotômicas. Existem acessos e decessos sociais em qualquer família. A nobreza ocupa um lugar na sociedade. Não estou falando de países desenvolvidos, muitos dos quais são monarquia. Não. Estou falando de pessoas como eu, pessoas que estudam, que trabalham, que fazem prova de nobreza e que acabam por contribuir socialmente. Ou vai me dizer que um membro do governo, um qualquer eleito pelo povo, foi visto roubando os brasileiros e ainda fez uma contribuição social?! A nobreza ainda produz socialmente e, por isso, tem direito a existir.Eduardohttps://www.blogger.com/profile/10158671854112852286noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8735727614380793885.post-79571729546596255452016-01-15T11:46:52.895-02:002016-01-15T11:46:52.895-02:00O artigo publicado na revista Veja examinou Brasil...O artigo publicado na revista Veja examinou Brasil eirós detentores de um título nobiliárquico português. Sendo assim, a matéria tratou da nobreza portuguesa no Brasil e, em sentido lato, da nobreza européia, não da nobreza brasileira, cuja hereditariedade não é por títulos, mas, sim, por brasões de armas, por foros de fidalguia passados pela Casa Imperial a um antepassado e, por fim, pela Vênera da Ordem da Rosa, afidalgadora por definição. Ocorre que a transmissão aos descendentes depende de aprovação do Chefe da Casa Imperial do Brasil. <br />O artigo era sobre a nobreza, com uma conclusão inusitada: ser titular serve para ser chamado de barão pelo porteiro etc. O porteiro aqui do meu prédio nem sabe direito meu nome completo, o que dirá se sou titulado, fidalgo, nobre!... No meu caso, eu fiz a prova de nobreza para confirmar, na minha geração, a nobreza que represento Assim fazendo, vai-se perpetuando a qualidade de nobre. Ser nobre não é ter um título. Ser nobre é ter uma ascendência nobre. <br />Em termos filosóficos, seara que escapou ao artigo, eu discordo que os homens sejam iguais. Somos todos diferentes, sem exceção, e temos é de saber conviver na diferença. Nesse ponto, penso que a educação formal ajuda muito ao aprendizado da diferença entre os homens. Quanto a mim, possuo mais de trezentos anos de passado - leiam-se antepassados - com nível acadêmico, pela minha avó paterna. Agora me diga: tal perfil é ou não de uma elite?Eduardohttps://www.blogger.com/profile/10158671854112852286noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8735727614380793885.post-90476104143154175912016-01-15T11:46:16.651-02:002016-01-15T11:46:16.651-02:00No que concerne aos atuais aristocratas, eleitos p...No que concerne aos atuais aristocratas, eleitos pelo povo para implementar programas sociais de formação e minimizar a desigualdade de renda entre os brasileiros, é uma grande vergonha tais dirigentes hodpedarem-se RM hotéis de luxo, onde apenas nobres ricos e gente rica se hospedam. O Hotel Ritz de Londres é um bom exemplo. Tornar-se aristocrata no Brasil, por eleições, para desfrutar d . Grandes apartamentos do Governo em Brasília e viajar, para se hospedar em hotéis de luxo, não condiz com a razão de ser desses eleitos. É fundamental que se avance na educação formal, para que os brasileiros não votem nunca mais em gente que só quer se aproveitar do povo. Eduardohttps://www.blogger.com/profile/10158671854112852286noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8735727614380793885.post-74567581105059797702016-01-15T11:29:47.759-02:002016-01-15T11:29:47.759-02:00O artigo publicado na revista Veja examinou Brasil...O artigo publicado na revista Veja examinou Brasil eirós detentores de um título nobiliárquico português. Sendo assim, a matéria tratou da nobreza portuguesa no Brasil e, em sentido lato, da nobreza européia, não da nobreza brasileira, cuja hereditariedade não é por títulos, mas, sim, por brasões de armas, por foros de fidalguia passados pela Casa Imperial a um antepassado e, por fim, pela Vênera da Ordem da Rosa, afidalgadora por definição. Ocorre que a transmissão aos descendentes depende de aprovação do Chefe da Casa Imperial do Brasil. <br />O artigo era sobre a nobreza, com uma conclusão inusitada: ser titular serve para ser chamado de barão pelo porteiro etc. O porteiro aqui do meu prédio nem sabe direito meu nome completo, o que dirá se sou titulado, fidalgo, nobre!... No meu caso, eu fiz a prova de nobreza para confirmar, na minha geração, a nobreza que represento Assim fazendo, vai-se perpetuando a qualidade de nobre. Ser nobre não é ter um título. Ser nobre é ter uma ascendência nobre. <br />Em termos filosóficos, seara que escapou ao artigo, eu discordo que os homens sejam iguais. Somos todos diferentes, sem exceção, e temos é de saber conviver na diferença. Nesse ponto, penso que a educação formal ajuda muito ao aprendizado da diferença entre os homens. Quanto a mim, possuo mais de trezentos anos de passado - leiam-se antepassados - com nível acadêmico, pela minha avó paterna. Agora me diga: tal perfil é ou não de uma elite?Eduardohttps://www.blogger.com/profile/10158671854112852286noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8735727614380793885.post-63064289678977709032016-01-15T11:16:06.076-02:002016-01-15T11:16:06.076-02:00Ser aristocrata, portanto, é deter o poder (politi...Ser aristocrata, portanto, é deter o poder (politico ou econômico). Eu nao tenho nada de aristocrata, mas sou nobre e fidalgo.<br />A nobreza é uma convenção, é um código, no qual há muitas regras que variam de país para país. <br />Pode haver nobres morando em favelas; mas poderão ter vergonha de assim se declararem porque seu viver caiu, a poto de já não terem dinheiro para comprar um apartamento. Permanecem nobres, mas como fortalecer a sua qualidade se não se casarem com nobres? Houve muita gente criticando o casamento real na Grã-Bretanha. Um príncipe se casando com uma não nobre... Uma casa que recebe dinheiro do governo, para ser nobre, não fez uma ultima aliança no mesmo meio social. Outros explicam que deve ser para consolidar a realeza naquele país, tornando-se bem popular. O que o senhor pensa a respeito?<br /><br />Eduardohttps://www.blogger.com/profile/10158671854112852286noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8735727614380793885.post-6402967890756116792016-01-15T11:05:30.368-02:002016-01-15T11:05:30.368-02:00Existe uma diferença entre nobre, aristocrata e fi...Existe uma diferença entre nobre, aristocrata e fidalgo. De qualquer forma, o aristocrata nao precisa ser nobre. Existiu um casal ni Rio de Janeiro, cujo nome não vou citar, em que ele nenhuma nobreza possuía, era filho de um oportunista que se fez na esteira do Governo Vargas, Governo de que eu não gosto e veja que descendo de dona Maria de Jesus Vargas, irmã de um bisavô de Getulio Vargas... Pois bem, nesse casal de milionários, a cônjuge, é segredo de polichinelo mesmo, fazia programas no Copacabana Palace há muitos e muitos anos atrás, certamente fundamentada na sua beleza física e...sem uma gota de sangue nobre... Esse casal sempre se apresentou como um casal de aristocratas na sociedade e o fez corretamente. Tinham muito dinheiro e controlavam a vida de muita gente. De nobres e fidalgos, porém, nada tinham.Eduardohttps://www.blogger.com/profile/10158671854112852286noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8735727614380793885.post-55682678205901663802016-01-15T10:59:08.636-02:002016-01-15T10:59:08.636-02:00Já escrevera uma resposta comentando seu texto; ma...Já escrevera uma resposta comentando seu texto; mas, comi escrevi muito, impediram meu texto de ser publicado. Portanto, vou escrever em pedaços meu texto.<br />Eu nunca afirmei que um nobre pode viver na classe média e que nenhum fator há que o impeça de tal viver. Quem introduziu o conceito de classe média foi a jornalista, certamente para dar um efeito dramático à reportagem. Eu si.pledmente sou nobre e se me perguntarem como me sítio na sociedade, irei responder que pertenço à nobreza. Eu não acredito no conceito de classe média, que é usado para quem não se situa em ordem alguma social. Nesse particular, o francês classifica AA pessoas por pequena burguesia, alta burguesia e, Menis frequentemente, pela nobreza, porque é uma ordem social pequena. Na França, onde a saúde e a educação são, em geral, de excelente qualidade, burgueses e nobres estudam nas escolas públicas.<br />Quando afirmei a respeito da nobreza da minha mulher, referi-me à quedtaot técnica. Ser nobre é ter antepassados nobres. Já no dia-a-dia, minha mulher e eu nos tratamos como marido e mulher, discutimos o absurdo no valor dos planos médicos, comrntamos como o Brasil se está esfacelando nas garras gananciosas do PT, ficamos horrorizados com a penada da presidente simplesmente isentando o BNDES de crimes ambientais, assim como estarrecidos com o faro de que há, em cada andar do prédio do BNDES um militante do PT. Para que mesmo?<br />Agora, o casamento entre nobres significa um somatório de ascendências, o que vai fortalecer a nobreza das gerações vindouras, que são sempre mais nobres que seus antepassados, claro. E foi o que fiz. Meus filhos descendem do médico dos i.operadores do brasil pela maew, e, pela minha parte, descendem do médico de Catarina de Médicis, de Carlos IX de França, de Henry II e do Duque de Aumale. Era o ilustre Jean Mazille, meu deci.o-segyndo avô, doutor em medicina pela universidade de Montpellier, filho de um barbeiro-cirurgião enobrecido um pouco por Catarina de Médicos, e neto de um barbeiro, quer dizer, de um trabalhador mecânico em 1480.Eduardohttps://www.blogger.com/profile/10158671854112852286noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8735727614380793885.post-73931233545040083332016-01-15T10:57:19.000-02:002016-01-15T10:57:19.000-02:00Já escrevera uma resposta comentando seu texto; ma...Já escrevera uma resposta comentando seu texto; mas, comi escrevi muito, impediram meu texto de ser publicado. Portanto, vou escrever em pedaços meu texto.<br />Eu nunca afirmei que um nobre pode viver na classe média e que nenhum fator há que o impeça de tal viver. Quem introduziu o conceito de classe média foi a jornalista, certamente para dar um efeito dramático à reportagem. Eu si.pledmente sou nobre e se me perguntarem como me sítio na sociedade, irei responder que pertenço à nobreza. Eu não acredito no conceito de classe média, que é usado para quem não se situa em ordem alguma social. Nesse particular, o francês classifica AA pessoas por pequena burguesia, alta burguesia e, Menis frequentemente, pela nobreza, porque é uma ordem social pequena. Na França, onde a saúde e a educação são, em geral, de excelente qualidade, burgueses e nobres estudam nas escolas públicas.<br />Quando afirmei a respeito da nobreza da minha mulher, referi-me à quedtaot técnica. Ser nobre é ter antepassados nobres. Já no dia-a-dia, minha mulher e eu nos tratamos como marido e mulher, discutimos o absurdo no valor dos planos médicos, comrntamos como o Brasil se está esfacelando nas garras gananciosas do PT, ficamos horrorizados com a penada da presidente simplesmente isentando o BNDES de crimes ambientais, assim como estarrecidos com o faro de que há, em cada andar do prédio do BNDES um militante do PT. Para que mesmo?<br />Agora, o casamento entre nobres significa um somatório de ascendências, o que vai fortalecer a nobreza das gerações vindouras, que são sempre mais nobres que seus antepassados, claro. E foi o que fiz. Meus filhos descendem do médico dos i.operadores do brasil pela maew, e, pela minha parte, descendem do médico de Catarina de Médicis, de Carlos IX de França, de Henry II e do Duque de Aumale. Era o ilustre Jean Mazille, meu deci.o-segyndo avô, doutor em medicina pela universidade de Montpellier, filho de um barbeiro-cirurgião enobrecido um pouco por Catarina de Médicos, e neto de um barbeiro, quer dizer, de um trabalhador mecânico em 1480.Eduardohttps://www.blogger.com/profile/10158671854112852286noreply@blogger.com