segunda-feira, 18 de abril de 2011

Novos amigos... dos amigos.

   Se minha desgastada memória não falha, o último amigo a entrar no blog que foi saudado diretamente em um post foi a Milu.
   Apesar de considerar uma falha quase imperdoável minha - se eu colocasse literalmente imperdoável, a coisa ficaria muito ruim para esse que escreve -, deixei escapar as boas vindas a mais três amigos: a Cynthia, do blog Astroterapia Junguiana; o dono do blog Pet-escadas e o Aníbal, que já teve o nome citado no post sobre seu blog.
   Fico muito feliz em termos mais amigos - já são 55, agora! - e desejo que, em alguma medida, o que lerem neste blog, construído a tantas mãos, possa acrescentar algo às suas vivências pessoais... ainda que seja apenas como mera informação.
   Rogo-lhes a gentileza de que, sempre que tiverem vontade, participem, seja propondo alguma reflexão nova, seja comentando àquelas que já circularem nos posts.
   Agradeço a todos pela bondade de frequentarem esse espaço que é de todos os amigos dos amigos de Spinoza.
   Abração em todos os recém-chegados... e também - por que não? - nos mais "antigos"!

11 comentários:

Anibal Werneck de Freitas disse...

Caro Ricardo,

Grato pelas boas vindas, não precisava, você já fez isso e muito bem quando me apresentou no seu blog.
Pois bem, confesso-lhe, dentro do meu agnosticismo, que Baruch Spinoza sempre me chamou muito a atenção, tudo que cai em minhas mãos a respeito dele, eu leio, mas vamos ao que eu quero, é o seguinte, Spinoza dizia que o Judaísmo e o Cristianismo só se sustentavam pelos dogmas rígidos e rituais vazios, muito bem, o que diria Spinoza em relação ao Candomblé que tem seus dogmas fundamentados nas forças da Natureza?, gostaria muito da sua opinião a respeito.
Um abraço,
Anibal.

Clara Maria disse...

Senhor Ricardo!!
Salvou-se no último segundo… Estava eu aqui a ler o seu post e a pensar, “Mas será que o Ricardo não se lembra dos velhinhos da sala??!! Mas eis que no fim lá vem uma referência aos “velhos”… O senhor é infalível mesmo.
Por falar em velhos amigos estranho sempre o desaparecimento do Júlio e a ausência do seu amigo Fernando. Onde andarão?
Estou aqui a arrumar as estantes de casa, de repente fui dar com e-mails que trocámos com o Waldemar sobre Espinosa e “viajei” no tempo. Como mudámos, senhor Ricardo. O senhor continua nos meandros da Filosofia e aprofundou o que sempre desejou, eu desviei-me completamente da Filosofia e mergulhei no teatro…caminhos.
Por falar em teatro gostaria de partilhar a peça deste ano e o cartaz também. A estreia está quase aí e o stress já me domina. Este ano o assunto é sério e aborda a gravidez na adolescência e a crítica social, sobretudo à jovem, que daí advém. O teatro é também um motor, quer de mudança quer de reflexão, quer até da descoberta de eus que pululam em cada um de nós.
Rolei de rir quando o mais recente amigo do blog- Aníbal- se auto- intitulou o mais agnóstico do Brasil…ainda bem que não foi mais longe…rs
Vou continuar a arrumação das estantes…
Um abraço
Maria

Fê Mundy disse...

Sumido, mas como dizem que quem é vivo sempre aparece, pelo menos no meu caso, demoro mas apareço, hehehehehehehe, semana santa chegando , criança em euforia pela vinda do coelho da Pascoa, e os adultos, pensando no bacalhau, no peixe, no vinho, na cerveja e ate mesmo que a sexta passe logo para assar saborosos churrascos, alias na verdade os crentes e os nao crentes na Fé religiosa querem mesmo é aproveitar o Feriado para descansar, se divertir, e no domingo distribuir seus ovos de Pascoa, seus bombons, seus chocolates, o que para mim é excelente , pois comecei a produzir bombons artesanais no inicio de abril xde 2011, mas para imensa maioria que diz seguir uma Fé Crista, pensam em tudo , menos naquele que a data representa, mas está tudo certo,quem sou eu para contestar algo, a vida é para ser vivida e dentro das minhas limitações vou seguindo e sobrevivendo neste mundo, a cada dia mais reflexivo sobre o que vim fazer aqui na terra e nao entendo, como diz o Anibal em seu blog, o homem sempre esta em busca de preencher um vazio , eu estou bem vazio e com espaço sobrando para preencher, alias espaço vazio é o que me sobra, de resto, tudo na toada de sempre, mas deixarei de lamúrias, para deixar aos amigos do Blog votos de uma Feliz semana Santa, em especial ao Ricardo e Clara Maria, um abraço a Todos .

Ricardo disse...

Primeiro as damas...
Querida Maria:
Sei do teu amor pelo teatro. Por isso, compreendo que ele "transborde" em tua alma, "roubando", inclusive, o espaço de outras coisas às quais desejarias poder dedicar-te também. Sei também da tua dedicação aos teus alunos, e como esse período de montagem de peças é exaustivo... e gratificante para ti.
Só posso, então, dizer "Merda!" para ti... aos moldes daqueles envolvidos no teatro. Rsss. Só nesse sentido, amiga... só neste! Rsss.
Parabéns pela escolha do tema, que, como disseste, é capaz de levar a uma reflexão por parte de todos - não só os jovens, mas também os pais e a sociedade, que vacila nas opiniões dadas nesses "acontecimentos problemáticos".
Abraços... e ... Rsss.

Ricardo disse...

Passemos ao compadre...
Como ele disse, essa época pascal não é muito lembrada pelo que efetivamente representa. Minha filha, que estuda em colégio católico, traz esse sentimento para dentro de nossa casa, não só com teoria, mas também com práticas das quais participamos - eu também! Rsss.
Embora a Páscoa já tenha passado, desejo ao compadre que a força do simbolismo possa se fazer presente em sua vida pessoal, significando efetivamente uma passagem, uma transformação da situação vigente para outra muito melhor.
Abraços em todos em casa.

Ricardo disse...

Aníbal ficou por último, mas foi proposital. Afinal, há um questionamento delicado em seu comentário.
Eu diria a você: se já não é fácil falar sobre o que Spinoza escreveu, o que dizer sobre fazer considerações sobre o que ele não escreveu?
De qualquer forma, baseando-me apenas num possível - e pretenso - conhecimento do seu sistema, arriscar-me-ei.
Se as "forças da natureza" ganharem personalidade, ou seja, se elas se antropomorfizarem - como é o caso do Candomblé, e de outras práticas -, desfrutando de vontades e paixões, e, portanto, podendo interferir na vida humana, mudando os eventos a partir de alguma ação "pessoal", penso que Spinoza teria uma opinião do Candomblé semelhante àquela que teve do Judaísmo e do Cristianismo.
Rituais de "conquista" e "agrado" a um Deus-Natureza-Substância são desnecessários, visto que Deus, para Spinoza, age por necessidade de sua própria natureza/essência. Não há porque "cultuá-lo", nem crer em "dogmas" estabelecidos por quem quer que seja.
Outro ponto, aliás, diz respeito ao "dogma" - de qualquer religião ou ideologia -, que Spinoza - penso - abominaria... afinal, ele esperava que uma das características da Natureza - em todas as suas relações, físicas e "metafísicas" - fosse a possibilidade de "alcance" pela mente humana... ainda que fosse pela categoria da "scientia intuitiva". Isto é, não há mistérios na Natureza para Spinoza... ainda que eles possam passar uma duração de tempo sem serem entendidos. Mas, em essência, eles têm que estar disponíveis ao entendimento, sem que se diga que são assim por um mero argumento de autoridade.
Essa é a minha impressão inicial. Poderemos, entretanto, discutir mais o assunto.
Abração.

tucanlino disse...

“Isto é, não há mistérios na Natureza para Spinoza... ainda que eles possam passar uma duração de tempo sem serem entendidos. Mas, em essência, eles têm que estar disponíveis ao entendimento, sem que se diga que são assim por um mero argumento de autoridade”.
(Ricardo)

Ricardo,
gostei muito da sua resposta e concordo com o que você explanou com muita propriedade, agora, gostei mais ainda da idéia de que na Natureza não existe mistério, porque todo ele será desvendado pelo homem, do contrário seria então algo que não está na Natureza.
Seguindo o seu raciocínio, aí no caso, grosso modo, entra Deus. Digamos, é outro departamento, só que é um Deus inerente à Natureza, onde difere de Olorum, um Deus que fez a Natureza e depois a deixou de lado, tanto assim que no Candomblé não existe culto a ele.
Valeu pela resposta, companheiro. Em tempo, no Candomblé não existe dualidade, ou seja, um mundo material separado de um espiritual, pois bem, como Spinoza vê esta questão, pergunto.
Um abraço.
Anibal.

tucanlino disse...

“Isto é, não há mistérios na Natureza para Spinoza... ainda que eles possam passar uma duração de tempo sem serem entendidos. Mas, em essência, eles têm que estar disponíveis ao entendimento, sem que se diga que são assim por um mero argumento de autoridade”.
(Ricardo)

Ricardo,
gostei muito da sua resposta e concordo com o que você explanou com muita propriedade, agora, gostei mais ainda da idéia de que na Natureza não existe mistério, porque todo ele será desvendado pelo homem, do contrário seria então algo que não está na Natureza.
Seguindo o seu raciocínio, aí no caso, grosso modo, entra Deus. Digamos, é outro departamento, só que é um Deus inerente à Natureza, onde difere de Olorum, um Deus que fez a Natureza e depois a deixou de lado, tanto assim que no Candomblé não existe culto a ele.
Valeu pela resposta, companheiro. Em tempo, no Candomblé não existe dualidade, ou seja, um mundo material separado de um espiritual, pois bem, como Spinoza vê esta questão, pergunto.
Um abraço.
Anibal.

tucanlino disse...

“Isto é, não há mistérios na Natureza para Spinoza... ainda que eles possam passar uma duração de tempo sem serem entendidos. Mas, em essência, eles têm que estar disponíveis ao entendimento, sem que se diga que são assim por um mero argumento de autoridade”.
(Ricardo)

Ricardo,
gostei muito da sua resposta e concordo com o que você explanou com muita propriedade, agora, gostei mais ainda da idéia de que na Natureza não existe mistério, porque todo ele será desvendado pelo homem, do contrário seria então algo que não está na Natureza.
Seguindo o seu raciocínio, aí no caso, grosso modo, entra Deus. Digamos, é outro departamento, só que é um Deus inerente à Natureza, onde difere de Olorum, um Deus que fez a Natureza e depois a deixou de lado, tanto assim que no Candomblé não existe culto a ele.
Valeu pela resposta, companheiro. Em tempo, no Candomblé não existe dualidade, ou seja, um mundo material separado de um espiritual, pois bem, como Spinoza vê esta questão, pergunto.
Um abraço.
Anibal

Tucanlino disse...

“Isto é, não há mistérios na Natureza para Spinoza... ainda que eles possam passar uma duração de tempo sem serem entendidos. Mas, em essência, eles têm que estar disponíveis ao entendimento, sem que se diga que são assim por um mero argumento de autoridade”.
(Ricardo)

Ricardo,
gostei muito da sua resposta e concordo com o que você explanou com muita propriedade, agora, gostei mais ainda da idéia de que na Natureza não existe mistério, porque todo ele será desvendado pelo homem, do contrário seria então algo que não está na Natureza.
Seguindo o seu raciocínio, aí no caso, grosso modo, entra Deus. Digamos, é outro departamento, só que é um Deus inerente à Natureza, onde difere de Olorum, um Deus que fez a Natureza e depois a deixou de lado, tanto assim que no Candomblé não existe culto a ele.
Valeu pela resposta, companheiro. Em tempo, no Candomblé não existe dualidade, ou seja, um mundo material separado de um espiritual, pois bem, como Spinoza vê esta questão, pergunto.
Um abraço.

Tucanlino disse...

Ricardo,
Fiz uma confusão na hora de postar, que acabei postando além da conta, sou muito cru ainda na questão de postar, perdoe-me a cnfusão.
Um abraço,
Anibal.