quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Hume e Spinoza

   Tenho tentado fazer duas aproximações com Spinoza, ultimamente. Uma, entre os estoicos e nosso filósofa; outra, entre Hume e o holandês.
   Aquela que se refere aos estoicos parece mais imediata. Embora tenha sido interessante perceber que mesmo as possíveis semelhanças e os pontos de partida iguais redundam em diferenças interessantes de se estudar.
   Já a que se refere a Hume diz respeito especificamente à questão das paixões. É fácil perceber, entretanto,  que existe uma certa atração em relação a esse tema na Modernidade. Fiquei extremamente surpreso a ver que até Adam Smith escreve uma grande obra sobre o assunto. Aliás, comprei-a para, aos poucos, ir aprendendo as lições de um dos pais da Economia sobre o tema. 
   "Estoicismo e Spinoza" não é tão difícil de encontrar em pesquisas na net. Quanto ao par "Hume e Spinoza", a coisa já se reduz. Aliás, em relação ao primeiro par, eu mesmo já escrevi um pouco por aqui. Eu achei, entretanto, um artigo bastante interessante sobre o último. Gostaria de compartilhar com os amigos. Basta procurar em http://www.academia.edu/436530/Philosophy_as_medicina_mentis_Hume_and_Spinoza_on_Emotions_and_Wisdom
   Gostaria de chamar atenção para a nota de rodapé de número dois. Nela, o autor, Willem Lemmens, da Universidade da Antuérpia, indica que evita qualquer discussão sobre se Hume teria realmente lido Spinoza. Mesmo assim complementa a nota dizendo:
   "Spinoza’s philosophy was without doubt en vogue in France when Hume was there to write his Treatise in the period 1734–1737 (see Wim Klever, 'More aboutHume’s Debt to Spinoza',  Hume Studies, 19(1) (1993): 55–74). Klever argues that Hume’s passion theory was directly and fundamentally influenced by reading  Spinoza. I am not really convinced by this thesis, though Hume had of course knowledge of Spinoza’s philosophy through Bayle’s Dictionnaire".
     

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