Se o "método geométrico" fez algum sucesso com o empirista Hobbes - como já vimos no post anterior -, impossível negar que seu ápice se deu com o racionalista Spinoza. Mas, embora o holandês tenha se debruçado sobre a obra do inglês na década dos 1660, aparentemente seu "gosto" pelo mos geometricus é herança cartesiana. No entanto, o próprio Descartes parece ter tido alguma resistência quanto ao método em questão. Sinal disso é o que nos conta Steven Nadler, no seu Spinoza's Ethics - An Introduction, quando diz que, ao pedido de Marin Mersenne para escrever o argumento das Meditações em método geométrico, Descartes sugere que o modo em que estava desenvolvido o texto - ou seja, não demonstrativo - se prestava a um entendimento melhor.
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