quarta-feira, 1 de junho de 2011

Hypatia

   No domingo passado assisti ao filme "Alexandria"... na verdade, ao filme "Ágora", que, no Brasil, recebeu o título citado anteriormente. Caso tivesse sido escolhido, entretanto, o nome "Hypatia", nada de errado poderia ser arguido.
   O filme tem como cenário a cidade de Alexandria, na época em que lá vivia a primeira grande filósofa da história, Hypatia (355-415). Aliás, não só filósofa, mas também matemática e astrônoma.
   Naquele contexto histórico, apresenta-se o conflito entre o Cristianismo "nascente", de um lado, e o Judaísmo e o Paganismo, de outro. A luta, entrentanto, não é só pelo poder religioso, mas também pelo político.
   Para quem não conhece, ou não lembra da história, em determinado momento, os cristãos, liderados pelo patriarca Cirilo, tentaram "controlar" o prefeito de Alexandria, Orestes - que tinha sido aluno de Hypatia, e, por ela, tinha grande apreço... ou era até apaixonado. Como o prefeito não se submeteu às intenções de Cirilo, este tentou atingir o governante através de alguém que lhe era muito cara, sua antiga professora Hypatia. O final do filme, como o da própria história, é trágico.
   Ainda assim, vale a pena conhecer a história da filósofa, com todas as licenças poéticas que se permitem fazer, como indicar que ela poderia ter levado adiante a ideia de Aristarco de Samos, astrônomo grego (310-230 aC), que propusera o heliocentrismo, descobrindo, inclusive, que as órbitas dos planetas em torno do Sol seriam elípticas.
    No papel principal, a bela Rachel Weisz.
   Vale a pena conferir!
Alexandria Poster

  

6 comentários:

Fê Mundy disse...

Assunto totalmente off, mas acabo de ler que o Colunista Merval Pereira foi eleito para a Academia Brasleira de Letras, bem o o novo imortal tem a impressionante marca de 2 livros publicados ,um de 79 ja fora de catalogo e outro mais recente de suas colunas, nao desfazendo de sua obra que deve ter algum valor, senao nao seria eleito para a ABL na cadeira vaga a 31 de Moacyr Scliar,mas o que me causa estranheza é que para ser elito na ABL, houve um tempo que era preciso de fato para estar em companhia de Machado de Assis,ter mais que dois livros publicados, mas uma casa que tem Marco Maciel, Jose Sarney, Paulo Coelho e agora Merval parece que para se tornar imortal o que importa nao seja a obra de conteudo publicada sim lobby, a casa já foi mais séria em suas escolhas, vou começar a escrever uns poemas ou uns pensamentos e fazer um Lobby ,aí compadre, acho que na hora que voce publicar seus textos sobre SPINOZA, vc pode pleitear uma vaga na ABL.

raph disse...

Também em OFF, mas por uma boa causa... Acredito que se interesse por isso aqui:

Maldito Benedito, parte 1

Abs!
raph

mundy disse...

Bom Dia, certamente o Compadre já comentoue eu possa ter passado despercebido, mas entao é sempre bom tocar em alguns assuntos, nao sou muito chegado a assuntos filosoficos, mas leio alguns filososfos, muito pouco, mas vez por outra leio, entao dando uma lida no caderno Prosa e verso do Globo, descobri que o Pensador René Girard , esta lançando atraves da Editora Paz e Terra, com Tradução de Martha Gambini com 308 páginas , o livro A critica do Subsolo no valor sugerido de 34,90, bem nao sei nada do autor ,mas o Compadre deve conhecer, entao dando uma de indicador, pode ser que a obra seja interessante,tem FREUD,Lacan,, Strauss,DEleuze e Dostoievski e mais, fica a dica, compra aí e depois me empresta, hehehehehehehehehehehe.Seguindo na linha Lançamentos , dia 10 de junho as 19 horas na livraria Travessa de Ipanema, na Visconde de Piraja 572, a Editora PUC RIO, ZAHAR estarao lançando o Livro de Danilo Marcondes e Irley Franco , A Filosofia, O que é? Para que serve? outra dica literaria, espero ter contribuido com o compadre, fica aí as sugestoes, vou anotar os nome dos dois livros, para uma hora destas adquirir as outras, aí compadre, escre ve aí um release sobre as obras e autores se souber é lógico.

mundy disse...

Em artigo publicado no caderno Prosa e Verso do Jornal o Globo de 4 de junho de 2011, sobre a Vinda da Filosofa Judith Miller, filha do Psicanalista Lacan, para uma serie de evenos no Rio de Janeiro, pincelei alguns trechos e atrevo me a posta los no blog do Compadre, eis a Introduçao do Artigo " No mundo de hoje, em que a industria farmaceutica vende antidepressivos como Bombons e proliferam métodos de cura rápida dos problemas,Judith Miller-filha de Jacques Lacan,psicanalista Frances frances de maior influencia do seculo xx-parte numa cruzada contra a ideia de que se pode( ou deve) apagar o grao de loucura que existe em cada ser humano para adapta lo às exigencias da sociedade de consumo e produção." Bem o que eu nao gostei de saber na introduçao é que hoje se vendem Antidepressivo em quantidade de Bombons,ora eu fabrico Bombons artesanais quem teve o prazer de experimentar dizem que sao de excelente qualidade, entao já que se vendem tantos anti depressivos como bombons sao vendidos, adoraria que meus deliciosos Bombons vendessem tanto quanto os anti depressivos, assim eu pelo menos sairia da minha depressao, egoismo de minha parte eu sei, mas o desejo, pois a afinal vivo em estado depressivo faz algum tempo, mas ao contrario da industria que vende remediso para o mal em quantidade, eu ando fabricando e comendo os meus bombons para sair da Depressao,hehehehe, entao sugiro aqui ao inves de consumirem anti depressivos que indiquem meus bombons para que saiam dela, hehehehehehehehe.E se prometem cura rápida no cosumo dos tarjas pretas, eu sugiro a comilança dos meus pretinhos e marrons deliciosos nao sei se para curar a depre, mas curar meu bolso e mau humor geral, pois Chocolate em foma de Bombom é um Santo remedio libera diversas sensaçoes agradaveis.Grao de Loucura, ora amigos façam uma loucura ao menos uma vez , nao em Grao, mas em forma de deliciosas barrinhas, maravilhosas trufas , isso é loucura boa de se liberar e o melhor nao precisa ser em Grao seja em formato arredondado e deliciosamente recheado nao sei se vais curar seu Grao de Loucura, mas certamente ira a Loucura ao degustar tao delicioso produto, hehehehehehehehehe.

Ricardo disse...

Caro compadre:
Inicialmente, quero concordar com você sobre a "extensa" obra do autor Merval não merecer colocá-lo em lugar de tão grande destaque. Digo isso, fazendo a ressalva de que gosto muito de suas colunas. Mas ABL é outro papo, não é?
Sobre o pensador René Girard, terei que confessar que somos dois que ignoramos sua obra. Não posso negar, entretanto, que o conteúdo parece ser interessante, pelo menos se observadas as pessoas de quem ela fala.
Sobre a outra obra, deve ser muito interessante de ler. O professor Danilo Marcondes tem um domínio da Filosofia como poucos têm, e sua didática é extraordinária. Já frequentei um curso com a professora Irley Franco, na época em que ela era chefe do Departamento de Filosofia da PUC-RJ. Parece que sua especialidade é Filosofia Antiga - o curso era sobre Platão. Com todo o respeito que ela merece, não consegui ver outro professor "platônico" como Fernando Muniz, da UFF.
De qualquer forma, o livro parece ser garantia de boa leitura e boa reflexão. Infelizmente, não poderei comparecer ao lançamento. É verdade que já tenho um livro autografado pelo professor Danilo, mas preciosidades nunca são demais.
Sobre o último assunto - que eu nem sei se é a filha do Lacan ou os seus bombons. Rssss -, eu tenho estudado muito Michel Foucault, e diria que ele já havia, muito antes que a filha do Lacan, identificado essa "medicalização" da loucura. Mais do que isso, diz o filósofo francês que nós vivemos numa "sociedade da normalização", isto é, uma sociedade que arbitra o que é, ou não, normal, e nos "impele" a tentar alcançar esse grau do "correto". Nem sei se se trata de manter um pretenso "grão de loucura", ou simplesmente de sermos quem somos, sem referências estáticas e de interesse de uma estrutura "contaminada", também por um capitalismo sufocante.
Em relação aos bombons, acho que você espera que essa "sociedade do consumo" se lance sobre eles. Bem... seria uma sociedade, talvez, mais saudável do que a movida à base de remédios antidepressivos.
Abração.

Ricardo disse...

Caro Raph:
Como você bem sabe, seria quase impossível que algo dizendo respeito a Spinoza não me interessasse. Portanto, já li seu texto... e a continuação dele também.
Obrigado pela dica e pela referência ao grande filósofo Baruch Spinoza.
Fiz um pequeno comentário em seu blog.
Abração.