Ainda sobre o livro anteriormente citado.
Interessantíssima a continuação do Prefácio - mas não todo ele, que contém um "ataque" ao nosso querido Spinoza.
Começa assim o texto citado - e eu lembro do meu filosofante amigo Henrique:
"Pierre Hadot distingue duas categorias de filósofos: os falsos e os verdadeiros. Ou melhor, os acadêmicos e os práticos. Os primeiros: professores e pesquisadores; os segundos: os mestres de vida. No fundamento dessa distinção, jaz a ideia segundo a qual a filosofia, como concebida pelos Antigos, consistiria não em passar horas e horas com o nariz nos textos e a perorar na cátedra, mas em 'transformar a si mesmo' graças 'a exercícios espirituais'. Assim como o atleta treina, tonifica e aumenta sua massa muscular, segue uma alimentação pobre em gordura e tem uma vida austera para enfrentar as competições, o filósofo forjaria para si uma alma em todas as atribuições da existência, por menos que se dedicasse, todo dia, a uma ginástica do espírito - tendo em seu program a concentração sobre o presente, a visualização da totalidade do mundo, os exames da consciência, a triagem seletiva e refletida de seus desejos e a resistência fleumática às paixões hostis de seus semelhantes".
Gostei!
Nenhum comentário:
Postar um comentário