Em tempos de Política "misturada", propositalmente, com Religião, vale à pena ler o que Ancelmo Góis registrou em uma notinha na sua coluna, sob o título "Voto e religião".
"Misturar religião com política é encrenca. Em 1932, a seção cearense da Liga Eleitoral Católica transformou-se em partido político e conseguiu eleger a maior bancada de deputados federais pelo estado. Seu slogan, criado por um padre, era o seguinte: 'Um voto para a LEC é um voto para Jesus Cristo'."
Peraí, pessoal! A gente diz que o brasileiro não sabe votar, agora... mas antes a coisa era muito pior. Eu, particularmente, se fosse da oposição, diria: "Mas Jesus disse que seu reino não era deste mundo. Portanto, para não chatear o pobre Jesus, melhor não votar nele... quero dizer, no LEC!". E os votos dos deputados jesuíticos teriam ido para a oposição.
Mas a nota continua: "Dois anos antes, autorizado pelo bispo de Fortaleza, o padre assumira a direção do setor de educação da Ação Integralista Brasileira no Ceará. A IAB era um movimento nacional, inspirado no regime fascista de Benito Mussolini.
Ele se chamava Hélder Câmara e mais tarde viria a ser o pontífice do clero de esquerda brasileiro".
Será que dom Hélder Câmara se reconheceria nessa nota? Integralista... que foi ícone do "clero de esquerda brasileiro"... pedindo votos para Jesus Cristo... Noooossa! Sem comentários, pessoal!
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