sábado, 28 de setembro de 2013

Spinoza em Inglês


   Meu primeiro contato com Spinoza, como já registrei muitas vezes no blog, se deu através de um texto do francês André Conte-Sponville. Em seguida, várias doses de História da Filosofia, seguidas de nossa nacionalíssima Marilena Chauí. Ousadamente, fui então à Ética - reconheço, hoje, que sem a competência suficiente para tal. De qualquer modo, continuei transitando sempre pelos comentadores franceses. Será que, inconscientemente, desconfiava do excesso de analiticidade daqueles de língua inglesa? Sei lá!
   O fato é que comecei a me render ao "Spinoza em Inglês" por conta de Steven Nadler. Depois dele, já registrei minha admiração pela leitura de Michael Della Rocca, Don Garrett, Edwin Curley e, por último, Stuart Hampshire - embora, cronologicamente, o "Renascimento Inglês de Spinoza" tenha começado justamente por este último. Ou seja, o idioma Inglês está em alta nas leituras spinozanas do autor deste blog.
   Mas o que eu queria mesmo registrar aqui era a minha percepção de que, apesar da admiração dos franceses - e dos comentadores de outras nacionalidades também, como os brasileiros e os portugueses -, os anglo-americanos são fascinados pelo holandês. Os elogios ingleses são de uma magnitude ainda maior do que aqueles que encontramos em Francês ou Português.
   Vejam só o que escreve Hampshire, em Spinoza and Spinozism: "A philosopher has always been thought of as someone who tries to achieve a complete view of the universe as a whole, and of man's place in the universe. He has traditionally been expected to answer those questions about the design and purpose of the universe, and of human life, which the various special sciences do not claim to answer. Philosophers have generally been conceived as unusually wise or all-comprehending men whose systems are answers to those large, vague questions about the purpose of human existence which present themselves to most people at some period of their lives. SPINOZA FULFILS ALL THESE EXPECTATIONS" (Grifo meu).
   Quanta admiração, hein, Spinoza! Mas também... Quanta responsabilidade, hein, Spinoza!

Nenhum comentário: