O calor no Rio está demais. Parece que comprei uma passagem para o Inferno... o qual, não se pode negar, aparentemente tem suas vantagens. Rsss.
Uma dessas vantagens é a cerveja Original - algo como a Antártica das antigas - bem gelada, nos botecos da vida.
Pois bem... depois de resolver coisas no banco, na papelaria, na livraria, etc. e tal, parei para degustar uma Original. Obviamente, tenho que descansar carregando pedra, e levei comigo o livro Metafísica: conceitos-chave em Filosofia, de Brian Garrett, publicado pela Artmed, em 2008.
Eis que estava acabando minha cervejinha, quando, concluído o capítulo sobre "Livre-arbítrio", deixei o livro sobre a mesa do bar/botequim. Curiosamente, um homem na mesa ao lado disse: "Metafísica? Tem que beber muito para abstrair a tal ponto!". Eu, rindo, concordei. E disse: "É mesmo, uma cervejinha ajuda esse tipo de leitura". O papo, então, começou. Ele disse que era formado em Matemática, mas que sofrera um acidente de moto onde perdera massa encefálica e que, dali em diante, aposentado, só se preocupava com coisas mais "leves" - por exemplo, beber uma cerveja pela manhã e outra à tarde. E, concluindo o papo, disse que, se continuássemos conversando, eu acabaria jogando fora o meu livro de Metafísica. Eu comentei: "Por enquanto, não! Ainda tenho umas abstrações a realizar!"
Não é interessante como até a Metafísica pode render um certo papo de botequim? Rssss.
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