Ando em grande dívida com o amigo Bernardo, com quem mantenho uma troca de "cartas" filosóficas. Mas vou usar o blog para dizer que não ando totalmente parado em relação ao assunto. Lá vai...
Bernardo, estou lendo um livro que parece a nossa discussão. O nome é "Analítica do Sentido", de Dulce Mára Critelli. Veja só o subtítulo: "Uma aproximação e interpretação do real de orientação fenomenológica". Não tem realmente a "cara" das nossas trocas de pensamento? Rsss.
O livro apresenta, no início, uma comparação entre o "pensamento tradicional metafísico ocidental" e o "pensamento fenomenológico" - principalmente na linha de Heidegger.
Uma pergunta geral para "diagnóstico". O que os amigos pensam: existem objetos separados de nossas consciências, que se escondem por trás das "aparências" que percebemos no mundo (pensamento metafísico tradicional) ou o ser das coisas - seu modo mais íntimo de existir - está diretamente no que se mostra, dependendo, portanto, de uma "malha" de significados que a consciência lhes acrescenta, enquanto se põe diante dessas coisas (pensamento fenomenológico)?
Eu sou, assumidamente, um "metafísico tradicional", mas gosto de pensar nas possibilidades de significados acrescentadas às coisas no plano existencial. Talvez, uma saída "honrosa" seria considerar a possibilidade das duas abordagens, em diferentes planos ou momentos. Afinal, embora contra a visão da Fenomenologia, acho que dá para pensar aristotelicamente nas coisas (em si) atualizando suas potências no convívio com o nosso "mundo vivido", com a nossa existência fática.
Caramba... esse post ficou filosófico mesmo! Quem se arrisca, agora, a responder a enquete? Rsss.
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