O noticiário a respeito dos ataques de Israel à Faixa de Gaza tem mostrado o lado sórdido de todas as guerras: a morte de inocentes.
Para quem não lembra da História, ela começa há muito tempo, quando o “Deus da Guerra”, Jeová, determina que os hebreus saiam de seu “cantinho”, lá em Ur, na Mesopotâmia, em direção à Canaã, a “Terra Prometida” – originalmente, a Palestina -, sob o comando de Abraão. Lá chegando e percebendo a dificuldade de morar no local, os hebreus migram para o Egito. Tornam-se escravos e depois, sob a orientação de Moisés, migram de volta para Canaã, encontrando os filisteus – donos originais da Palestina. O “Deus beligerante” dá orientações... e “apoio” às conquistas dos hebreus. E estes conquistam a sua “Terra Prometida”, que, recorde-se, não lhes pertencia originalmente.
Essa é a parte antiga da História. O que as pessoas mais recordam, entretanto, é a compra de terras na Palestina, a partir de 1897, por judeus do mundo todo, a fim de possibilitar a fundação do Estado de Israel; também do apoio da Inglaterra a essa idéia, depois do fim da Primeira Guerra e da derrota do Império Otomano, que controlava a Palestina, e, por fim, do transbordamento de novos judeus, chegados na época das perseguições geradas pelo nazismo.
Talvez com pena do holocausto, ocorrido na Segunda Grande Guerra, o mundo se reúne para dar uma pátria aos judeus, em 1947. O problema, a meu ver, é que isso deveria ter sido acordado com os palestinos, bem como deveria ter sido contemplada a criação do Estado Palestino, junto com o Estado de Israel.
O pior, entretanto, a respeito da criação do Estado de Israel, é que a divisão privilegiou a minoria judaica – 700 mil pessoas –, que recebeu 57% do território, em detrimento de 1,3 milhão de árabes-palestinos, que ficaram com apenas 43%.
A questão não é fácil de ser resolvida. Afinal, ao contrário do Fatah, que controla a Cisjordânia, o Hamas não cede em reconhecer o Estado de Israel, e insiste em mandar os seus “risíveis” – diante do poderio israelense – foguetes Qassam, que acabam por gerar uma resposta desproporcionalmente superior por parte de Israel. Ou seja, os Qassam destroem mais lares na Faixa de Gaza do que em Israel.
Destroçados pela incrível diferença de força, aos palestinos só resta o “golpe baixo”, traduzido nas ações terroristas contra a população civil israelense, com seus “homens-bomba”.
E aí temos o ódio alimentado pelo ódio... e alimentando mais ódio!
O pior é pensar que ambos – palestinos e israelenses – são povos de origem semita, cuja maior diferença é a ligação aos deuses Alá e Jeová - mas “eles” não são um só?! Aliás, pior mesmo não é a origem comum das raças, mas é verificar que são comuns no gênero – o humano... demasiado humano, talvez, como diria Nietzsche.
Para quem não lembra da História, ela começa há muito tempo, quando o “Deus da Guerra”, Jeová, determina que os hebreus saiam de seu “cantinho”, lá em Ur, na Mesopotâmia, em direção à Canaã, a “Terra Prometida” – originalmente, a Palestina -, sob o comando de Abraão. Lá chegando e percebendo a dificuldade de morar no local, os hebreus migram para o Egito. Tornam-se escravos e depois, sob a orientação de Moisés, migram de volta para Canaã, encontrando os filisteus – donos originais da Palestina. O “Deus beligerante” dá orientações... e “apoio” às conquistas dos hebreus. E estes conquistam a sua “Terra Prometida”, que, recorde-se, não lhes pertencia originalmente.
Essa é a parte antiga da História. O que as pessoas mais recordam, entretanto, é a compra de terras na Palestina, a partir de 1897, por judeus do mundo todo, a fim de possibilitar a fundação do Estado de Israel; também do apoio da Inglaterra a essa idéia, depois do fim da Primeira Guerra e da derrota do Império Otomano, que controlava a Palestina, e, por fim, do transbordamento de novos judeus, chegados na época das perseguições geradas pelo nazismo.
Talvez com pena do holocausto, ocorrido na Segunda Grande Guerra, o mundo se reúne para dar uma pátria aos judeus, em 1947. O problema, a meu ver, é que isso deveria ter sido acordado com os palestinos, bem como deveria ter sido contemplada a criação do Estado Palestino, junto com o Estado de Israel.
O pior, entretanto, a respeito da criação do Estado de Israel, é que a divisão privilegiou a minoria judaica – 700 mil pessoas –, que recebeu 57% do território, em detrimento de 1,3 milhão de árabes-palestinos, que ficaram com apenas 43%.
A questão não é fácil de ser resolvida. Afinal, ao contrário do Fatah, que controla a Cisjordânia, o Hamas não cede em reconhecer o Estado de Israel, e insiste em mandar os seus “risíveis” – diante do poderio israelense – foguetes Qassam, que acabam por gerar uma resposta desproporcionalmente superior por parte de Israel. Ou seja, os Qassam destroem mais lares na Faixa de Gaza do que em Israel.
Destroçados pela incrível diferença de força, aos palestinos só resta o “golpe baixo”, traduzido nas ações terroristas contra a população civil israelense, com seus “homens-bomba”.
E aí temos o ódio alimentado pelo ódio... e alimentando mais ódio!
O pior é pensar que ambos – palestinos e israelenses – são povos de origem semita, cuja maior diferença é a ligação aos deuses Alá e Jeová - mas “eles” não são um só?! Aliás, pior mesmo não é a origem comum das raças, mas é verificar que são comuns no gênero – o humano... demasiado humano, talvez, como diria Nietzsche.
4 comentários:
Senhor Ricardo!
Perdoe-me mas não vou falar da Faixa de Gaza, mais um confronto em nome de Deus que abomino completamente. Certamente que independentemente dos motivos históricos que ambos evocam, há os motivos humanitários, há costumes , há pessoas e há sobretudo consequências…
Mas não era disso que gostaria de falar. Hoje, eu e minha filha, vamos começar a ler “Os Maias” do Eça. Há já uns 30 anos que o li, lembro-me na altura que o início é uma grande chatice, cheia de descrições, mas depois, chegando à parte “quente” ao romance entre Carlos e Eduarda que a coisa ,a leitura ,tornava-se fluida e arrebatadora.
Desta vez a leitura que farei será como o “Frei Luís de Sousa” , já noutra perspectiva e com um manancial de conhecimentos que não teria há 30 anos atrás. No entanto já parto com raiva do Eça ,que descarrega nos “Maias” toda a frustração que tem contra as mulheres..rs. Bem, mas é curioso ver que no ano da publicação da obra ,1888, é o ano de nascimento do nosso Pessoa.
Vamos ver como decorre a leitura que promete ser muito longa, tão longa como o livro.
Uma coisa eu fiquei intrigada, como é que homem que funda uma corrente literária em Portugal -o Realismo - carrega este livro com uma montanha de símbolos à boa maneira do Romantismo?
Bem…tenha um óptimo resto de fim de semana. Aqui está na hora de agir
Maria
Ainda não percebi como posso eu acompanhar de mais perto o seu blog, ou como posso receber uma mensagem de novos posts que o senhor faça sem ter que ir abrir o blog ou sem que tenha que comentar.
Seus assuntos são sempre muito interessantes, mesmo quando não fala do fantástico Espinosa.
Bem, estou deveras para baixo, virei o ano de maneira que acreditava que meu astral iria mlehorar, mas enganei-me, estou em muito baixo astral, a Terapeuta terá muito trabalho este ano comigo, por isso não tenho atualizado o meu blog e nem aparecido por aqui, não quero contaminar a ninguém com este meu sentimento , por algum motivo estou passando por isso, e sei que tenho que reagir, mas a maldita reação não vem, é questão de muita persistencia e perseverança que deve estar a me faltar.Mas vida que segue.
Gostaria de falar sobre este Tema da faixa de Gaza, já dizia a voce em outros papos que para mim esta questão entre Israel e Palestina , se tiver alguma solução, não deverá ser na minha e nem pelas proximas 20 gerações a minha frente, isto porque fiz força para ser otimista, é uma questao religiosa e cultural , eles se odeiam e assim que sabem viver, Israel o tão massacrado povo Israelita, que se levanta sempre quando alguém os lembra do seu sofrimento em virtude do Holocausto, não parece ter a mesma visao ao Bombardear a palestina sempre que pode, em nome de Reação aos ataques de bombinha que sofrem dos palestinos, sim pois , o que os palestinos fazem é jogar Bombinhas e Israel joga todo seu poderio militar, com o aval do EUA, e mata inocentes, tal qual acontecia com eles no Tempo do nazismo, mas eles usam em sua defesa que estão defendendo seu Território e seu Povo e dá lhe matar inocentes, é uma lógica interessante a deles, a custa do Holocausto que sofreram se armaram até os dentes, com dinheiro das nações em arrependimento ao que foi feito a eles, e com este salvo conduto americano, que o eles sofreram muito , então os deixem se defender de possiveis ameaças, então com isso fazem barbaries com inocentes, mas ai de quem enxergue que eles se transformam em vitimas , para matar em nome da defesa de seu Território.
E sinceramente,a cho mais patético e falso, juntar num Programa esportivo no Caso o esporte espetacular, um Jogador de Volei Judeu e uma Atleta palestina, em nome da Paz, soou falso e oportunista, não senti sinceridade nele e também nela, estavam ali em nome da audiencia e de uma certa propaganda politicamente correta, pois os dois vivem no Brasil e a realidade é outra , apesar da violencia , aqui é outra realidade, em quem está é que sabe como a banda toca, mas tudo bem deve ser a minha visao obscura, mas estas manifestações não me tocam, pois lá eles vão continuar a se matar, os palestinos com Bombinhas a matar 5 ,6 israelenses e os israelenses em contra partida matm logo 900 para mostrar quem é o Forte.
Ainda nesta questão, o Governo Brasileiro mandou 14 Toneladas de alimentos para a Faixa de gaza, legal, muito bonito, eles realmente precisam disso, mas aqui estas 14 toneladas o Governo não manada para a nossa sofrida população brasileira, em que temos lugares que o assistencialismo politico do Governo não funciona, pois é desviado a verba e outras coisas mais, então Vamos fazer um marketing Internacional, e deixem que nossa população morra de fome, vamos ajudar os palestinos neste momento que precisam de alimentos, mas não se esqueçam de ajudar a nossa populaçao que atualmemte passa fome, pelas encnetes no Sul e Sudeste d Pais, e principlamnete os Povos do Nordeste que passam fome o ano inteiro, com guerra ou não, então são diversas questoes, e paro por aqui , para não me achares que não me sensibilizo como o que ocorre em Gaza, muito pe,lo contrário, mas o ser humano é que complica e nisto os politicos tiram proveito da situação, então num mundo em que a sociedade e humanos, querem sempre levar vantagem, a gente acaba que fica um pouco endurecido.
Maria, essas leituras que estás a fazer parecem ter um viés muito interessante, que é o amadurecimento do leitor diante do mesmo texto. Como ler é interpretar, parece-me fato que o mesmo leitor, diante do mesmo texto, anos mais tarde deverá ter uma interpretação diferente. Afinal, "não se entra duas vezes no mesmo rio", como diria Heráclito. Rsss.
Imagino, entretanto, que a preguiça nos tome de assalto quando a tarefa é ler "outra vez o mesmo livro" - principalmente se ele for "volumoso". A frase "Ah... mas eu já li esse livro!" insiste em "voar" através dos ares, deixando o interior de nossa boca para trás. No teu caso, acho que por sorte, "deves" realizar a leitura para estimular tua filha... e, então, a coisa muda um pouco de figura.
Aqui no Brasil, houve uma minissérie (essa já está segundo as novas regras ortográficas. Rsss) muito bem feita de "Os Maias".
Mudando um pouco... um pouco de "montanha de símbolos à boa maneira do Romantismo" não enriquece a narrativa?
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