sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Anarquismo

Ainda sobre a revista que trata de Marx.
A matéria “O Anarquismo” diz “O Anarquismo é erroneamente tido como sinônimo de ausência de ordem, mas na realidade significa ausência de coerção... Embora rejeitem qualquer forma de poder, não recusam a constituição de organizações administrativas. Mas tais organizações devem ser o resultado de uma ação consciente e voluntária de seus membros, mantendo entre eles a total igualdade, sem o estabelecimento de relações de poder... Os anarquistas se denominam ‘socialistas libertários’... defendem um sistema socialista em que a posse dos meios de produção seja socializada... , sem a presença de autoridades ou governos”.
Em tese, o sistema parece dividir de forma bastante justa o poder entre todos os cidadãos. Mas duas coisas, pelo menos, me parecem problemáticas. Em primeiro lugar, o nível ético dos cidadãos teria que ser altíssimo, para não ocorrer algo como o “Estado de Natureza” de Hobbes e Spinoza, onde o que vale é a “Lei do Mais Forte”. Em segundo, questiono-me até que ponto esse tipo de sistema seria possível em um país de grandes dimensões. Imagino que pequenos grupos, formados basicamente por pessoas com a mesma “boa intenção”, educação e senso ético pudessem ser submetidos a essa forma de “des-governo”, mas poucas são as situações mundiais reais que preenchem esses requisitos.
Ainda virão alguns posts sobre essa revista.

2 comentários:

Maria disse...

Um dos primeiros anarquistas ou pelo menos aqueles que se auto-intitularam-Proudhon. Integrou juntamente com Robert Owen o chamado socialismo utópico opondo-se assim ao socialismo científico de Marx e Engels. Viveram no romântico século XIX, de que já falámos várias vezes. Marx e Proudhon foram até amigos, mas por defender acerrimamente as suas teorias tinham em comum o facto de serem contra o capitalismo,acabaram por se zangar rompendo essa amizade.
Embora haja pontos convergentes entre os socialistas utópicos e os científicos,sobretudo nas críticas ao estado capitalista, há grandes divergências afastam-se sobretudo quando os 2º continuam a defender a troca de um estado ,agora proletário, … assim continuaria a subjugação de uns por outros…A história viria a dar-lhes razão, na ex União Soviética o que é que mudou? Tudo e nada.
De qualquer forma estes anarcas embora aparentemente não tivessem muita projecção a nível mundial influenciaram e inspiraram muitos movimentos sindicalistas. Owen não se ficou pela teoria, aplicou-a na sua industria e fez reformas consideradas altamente revolucionárias para a época.
E senhor Ricardo reparou na origem da palavra anarquia? Mais uma de origem Grega...A Grécia sempre no topo.

Maria disse...

Ainda não entendi estas modernices do blog. Achava que ao me apelidar de vossa seguidora, sempre que postassem eu receberia a informação de que fizeram, constato que não. Afinal para que serve eu ser seguidora?
Que tenha um Fim de semana cheio de espírito de Natal, já que estamos quase em cima Dele.
Maria