Há algum tempo, registrei minha estranheza no que diz respeito a um livro que havia comprado e que traçava um paralelo entre os pensamentos de Martin Heidegger e Fernando Pessoa. Agora, lendo o livro “Metafísica e realidade”, de Tomás Melendo, vejo essa aproximação entre Filosofia e poesia destacada novamente. Logo no Prefácio, de Antônio Livi, lê-se: “Entre poesia e metafísica existem – desde os tempos do poema de Parmênides – relações estreitíssimas”. O autor do prefácio ainda destaca, sobre Melendo, que “as citações dos poetas [no livro] não servem só para expressar de maneira sugestiva o que a metafísica expressa... com a frieza da lógica e da terminologia técnica... A experiência artística capta (às vezes melhor do que qualquer outra experiência) a verdade das coisas”.
Além disso, há uma citação, antes do Prólogo, de R. M. Rilke, no famoso “Cartas a um jovem poeta”, digna de constar nas cartas de Epicuro, por exemplo, que é “Não busque agora respostas: não lhe podem ser dadas porque não poderia vivê-las. E o que importa é isso: viver todas as coisas. Viva você agora os problemas. Vivendo-os, talvez, em um dia distante, pouco a pouco, sem perceber, penetre na resposta”.
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