O título do post é meio "excêntrico", mas a ideia não é minha, e sim de Nick Hornby. O inglês em questão é autor de "Alta fidelidade" e de "Como ser legal" e, agora, lança o livro "Frenesi polissilábico".
Mas por que o tal sujeito está aqui no blog? A resposta tem a ver muito comigo. O fato é que Nick adora ler - de tudo -, mas compra mais livros do que consegue "dar cabo". O livro "Frenesi polissilábico" é uma compilação de uma coluna de jornal de Nick, onde ele lista os livros que comprou no mês e aponta aqueles que leu. O autor, então, divaga sobre o que leu e tenta descrever, do ponto de vista de um leitor comum, suas relações com as obras.
O subtítulo da coluna é "O diário de Nick Hornby: um leitor que perde as estribeiras, mas nunca perde a esperança".
Logo no começo do artigo do Jornal do Brasil, de onde tirei a ideia para este post, seu autor, Marco Antônio Barbosa, escreve: "Tantos livros, tão pouco tempo: eis o drama de todo leitor dedicado. O descompasso entre a quantidade de volumes que se adquire e o número deles que acaba sendo efetivamente lido pode causar angústia a muitos".
Estava falando de mim, Marco? Rssss.
Marco escreve ainda: "O texto leve do inglês serve como um desabafo em nome do leitor comum, que se culpa por comprar mais livros do que terá tempo de ler; que passa maus bocados ao enfrentar obras 'obrigatórias'".
Essas "obras obrigatórias", aliás, por vezes, ficam bem abaixo do que se espera quando começamos lê-las. Ainda bem que me dou o direito, embora assumindo minha ignorância estética e técnica sobre alguns assuntos, de dizer que simplesmente não gostei de um desses "obrigatórios"... quando é o caso, obviamente... e explicando o porquê. Senão, seria pura leviandade.
Eu não vou comprar o livro de Hornby, pois acho que tenho coisa melhor para ler, mas não me sinto culpado; afinal, vejam o que diz o próprio autor no fim da introdução: "Pelo amor de Deus, largue este livro. Você nunca chegará ao final dele. Comece a ler outra coisa".
Ok, Sr. Hornby... conselho aceito!
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