Concluídas as leituras dos livros de Nelson Saldanha e de Mário Sérgio Cortella - este, com Yves de La Taille -, comecei "O que é filosofia?", do grande Jose Ortega y Gasset.
O livro é indicado, pelo tradutor, que também escreve o Prólogo, como "o mais famoso livro de Ortega y Gasset". Pensa-se, obviamente, em apenas mais uma opinião. Entretanto, após citar nomes como o de Garcia Morente para fundamentá-la, ele registra que a obra "forneceu subsídios a Jose Ferrater Mora para a exposição do que vem a ser a 'ideia da filosofia' em Ortega". Os nomes em questão têm "lastro" para serem considerados como fidedignos.
No Prólogo, cita-se Ortega y Gasset, que, em "A ideia do princípio em Leibniz e a evolução da teoria dedutiva", escreve: "A filosofia é um sistema de fundamentais atitudes interpretatórias, portanto intelectuais, que o homem adota em vista do acontecimento enorme que é para ele encontrar-se vivendo"... totalmente representativo do "raciovitalismo" orteguiano, não é?!
Outro destaque para: "... a doutrina acerca da vida humana é a questão central na filosofia de Ortega, sem ser, porém, a única realidade do universo. Não é nem mesmo a realidade mais importante. É, simplesmente, ... a 'realidade fundamental'. É 'fundamental' (radical) no sentido de que todas as demais realidades - mundo físico, mundo psíquico, mundo dos valores - ocorrem dentro dela e pode-se ainda dizer que somente dentro dela são realidade. Portanto, ... cada vida humana... é, para Ortega, uma realidade sem a qual as demais careceriam de 'lugar' próprio e, consequentemente, ... de 'sentido ontológico'...".
Essa foi boa, também... hein!
Uma observação: temos, na pessoa do amigo Existenz, um verdadeiro "entendedor" de Ortega y Gasset. Eu evitei "especialista", pois pode parecer que sua percepção do mestre espanhol é meramente "livresca" e "tecnicista". Não, não é este o caso! Penso que Existenz conseguiu - quem sabe, através do "terceiro gênero de conhecimento" spinozano, a "ciência intuitiva"?! - captar a essência (e a "aparência" também. Rsss) do pensamento orteguiano.
Ah... um detalhe a mais: se você, Existenz, não tiver este texto em Português, é só escrever aqui, pois o que tenho em mãos é justamente uma edição do "Livro Ibero-americano Ltda", de 1971... esgotadíííííssima, no nosso "lindo" Português!
O livro é indicado, pelo tradutor, que também escreve o Prólogo, como "o mais famoso livro de Ortega y Gasset". Pensa-se, obviamente, em apenas mais uma opinião. Entretanto, após citar nomes como o de Garcia Morente para fundamentá-la, ele registra que a obra "forneceu subsídios a Jose Ferrater Mora para a exposição do que vem a ser a 'ideia da filosofia' em Ortega". Os nomes em questão têm "lastro" para serem considerados como fidedignos.
No Prólogo, cita-se Ortega y Gasset, que, em "A ideia do princípio em Leibniz e a evolução da teoria dedutiva", escreve: "A filosofia é um sistema de fundamentais atitudes interpretatórias, portanto intelectuais, que o homem adota em vista do acontecimento enorme que é para ele encontrar-se vivendo"... totalmente representativo do "raciovitalismo" orteguiano, não é?!
Outro destaque para: "... a doutrina acerca da vida humana é a questão central na filosofia de Ortega, sem ser, porém, a única realidade do universo. Não é nem mesmo a realidade mais importante. É, simplesmente, ... a 'realidade fundamental'. É 'fundamental' (radical) no sentido de que todas as demais realidades - mundo físico, mundo psíquico, mundo dos valores - ocorrem dentro dela e pode-se ainda dizer que somente dentro dela são realidade. Portanto, ... cada vida humana... é, para Ortega, uma realidade sem a qual as demais careceriam de 'lugar' próprio e, consequentemente, ... de 'sentido ontológico'...".
Essa foi boa, também... hein!
Uma observação: temos, na pessoa do amigo Existenz, um verdadeiro "entendedor" de Ortega y Gasset. Eu evitei "especialista", pois pode parecer que sua percepção do mestre espanhol é meramente "livresca" e "tecnicista". Não, não é este o caso! Penso que Existenz conseguiu - quem sabe, através do "terceiro gênero de conhecimento" spinozano, a "ciência intuitiva"?! - captar a essência (e a "aparência" também. Rsss) do pensamento orteguiano.
Ah... um detalhe a mais: se você, Existenz, não tiver este texto em Português, é só escrever aqui, pois o que tenho em mãos é justamente uma edição do "Livro Ibero-americano Ltda", de 1971... esgotadíííííssima, no nosso "lindo" Português!
Um comentário:
Olá Ricardo. Tenho grande satisfação em saber que está lendo esse livro. É um dos meus livros preferidos de todos os tempos, e, para mim, o melhor de Ortega (mesmo que, no Brasil, infelizmente, seu livro mais lido e adorado seja a Rebelião das Massas, que eu, particularmente, não gostei). Meu pensamento se influenciou muito pelo que diz esse livro (mesmo que eu tenha também discordâncias em vários pontos), e isso quer dizer que você poderá reconhecer “um pouco de mim” no que lerá nele. Então, boa leitura. Um abraço.
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