É verdade que foi muito "problemático" saber que o deputado Edmar Moreira tem um castelo de R$ 25 milhões. É verdade, também, que foi muito "embaraçoso" o tal agente público não declarar esse bem, como qualquer cidadão comum tem que fazer. É verdade, ainda, que ser informado que essa mesma autoridade gaste dinheiro público com segurança particular, contratada junto à empresa de sua propriedade, também é bem "complicado".
Não bastasse tudo isso, entretanto, o mais "desagradável" foi assistir ao relator do processo instaurado na Comissão de Ética da Câmara dos Deputados, deputado Sérgio Moraes (PTB - RS), dizer que pensava em encerrar o tal procedimento, antes mesmo de ser julgado. Mas, como o "Inferno Brasileiro" sempre pode ser pior, a tal autoridade, quando inquirida sobre a recepção de sua atitude junto à opinião pública, disse: "Eu estou me lixando para a opinião pública! Até porque, a opinião pública não acredita no que vocês escrevem. Vocês batem, batem e nós nos reelegemos mesmo assim!". O "nobre" deputado fala com experiência, não só no que se refere à imprensa, quanto ao que diz respeito a órgãos governamentais; afinal, responde a oito processos no Supremos Tribunal Federal.
Depois de tanta surpresa de minha parte, ao ler a matéria do jornal O Globo, e reconhecendo que o "Inferno Brasileiro" sempre pode ser pior, só restou a constatação de que o sujeito está correto em pelo menos uma coisa: eles se reelegem mesmo assim.
A única arma para a qual o cidadão comum tem porte livre é o "Título de Eleitor"; mas se, na hora "H", ele atira no próprio pé, só cabe a mim admirar a realidade do mundo político, constatada por um especialista no assunto, como S. Exa., o deputado Sérgio Moraes, de que não sabemos votar.
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