Veríssimo nos conta, ainda no livro "O mundo é bárbaro...", que há uma estória - talvez lendária - que narra a indignação de uma mulher cujas roupas postas para secar no varal, nas cercanias de onde ocorreria a famosa batalha de Waterloo, teriam ficado empoeiradas, por conta da movimentação das tropas, sem perceber que estava ocorrendo ali uma batalha que mudaria a história da Europa.
Depois, Veríssimo nos apresenta as estatísticas de mortalidade entre a população civil na Primeira e Segunda Guerra Mundiais, 5% e 65%, respectivamente. A variação é espantosa, e Luís Fernando Veríssimo indica a causa: o bombardeio de populações civis foi adotado como "legítima" tática militar, para atingir o moral do inimigo.
O autor conclui o texto de forma bastante sensível: "Cada vez que vemos uma das vítimas do terror, como o último cadáver de uma criança judia ou palestina sacrificada naquela guerra especialmente insensata, pensamos de novo nos tempos em que só os soldados morriam nas guerras, e ainda era possível ser um espectador, mesmo distraído como a dona de casa de Waterloo, da história".
Ou seja, o saudosismo vale até para as guerras... Quem diria, hein?
2 comentários:
Eu já li umas crônicas do Veríssimo. Ele é muito engraçado. Tem uma que o garotinho pergunta pro pai qual é o gênero de sexo e o pai diz que é masculino. O garoto chateia para saber se mesmo no sexo feminino o gênero de sexo é masculino. Vc precisa ver o diálgo.
Eu queria saber se aquela Convenção de Genebra não condena esse negócio de usar escudo humano. Se condenar eu acho que os outros países estão ficando igual ao Brasil, pois ninguém respeita o que está escrito.
SDS.
Esqueci. Vc não vai falou do nosso dia.
Parabéns para os trabalhadores do Brasil (e de Portugal tb).
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