Talvez tenha faltado registrar no post de ontem que eu imagino que Nietzsche louvaria mais a preocupação com a vida, de Spinoza, do que com a morte, de Heidegger; considerando a primeira como uma atuação mais afirmativa do ser humano.
Obviamente, não falo de uma preocupação "superficial" com a vida, dedicada aos prazeres imediatos e passageiros, mas de uma atitude que revelasse a "potência" do ente humano - "lançado no mundo", sim; mas com um "projeto", onde atualizasse temporalmente esse seu "esforço" de se manter e de adquirir mais "perfeição".
Em vez da "angústia", que niiliza, a "alegria", que remete à "beatitude" e que ultrapassa o "ser para a morte", sem deixar de vivenciar a "finitude"... ainda que "sob uma espécie de eternidade".
Dito dessa maneira, acho que até Heidegger seria um spinozano. Rssss.
2 comentários:
Ricardo!!!
Não gosto nada desse Hei. Como foi tão cego a ponto de ser seguidor de Hitler e de contribuir para que esse monstro tivesse feito as barbaridades que cometeu? Como pode um Filósofo ser tão cego a esse ponto? Fico zangada só de pensar nele…arght!!
De qualquer maneira será que a ligação de Filosofia e poesia sejam tão improváveis assim?
São “linguagens diferentes”…aparentemente : filosofia e poesia…razão e intuição, o objectivo e o subjectivo, o dia e a noite mas…aí não posso deixar de dar razão ao Hei…a Poesia pode ser uma chave de acesso ao ser, a de Pessoa o é, sobretudo a de Caeiro e a de Campos. Assim como o cinema e o Teatro.
Ou seja estou a chover no molhado a viajar na maionese, porque isso já o senhor sabe…rs. Posso ser muito intuitiva, não o nego, mas a razão anda muito afastada de mim…rs
Tenho de ir, amanhã meu esposo faz anos e vou ter casa cheia para comemorar .
Que seu FDS seja particularmente feliz, assim como dos seus amigos do blog (assim também estou incluída…rs).
Maria
Maria:
Como já postei anteriormente, eu já "absolvi" Heidegger dessa minha primeira impressão quanto ao nazismo. Obviamente, não quero dizer que todos tenham que compartilhar da mesma opinião.
Essa ideia das "linguagens diferentes" parece-me correta, mas há que se ter um certo cuidado para não transformar a "linguagem poética" numa "linguagem vaga" apenas.
Neste aspecto, a Filosofia não pode ter essa mesma proposta. Do contrário, bastaria fazer poesia para ser um filósofo.
Felicidades para teu esposo.
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