No dia 22 deste mês, registrei minha preocupação com o sumiço, na mídia, das notícias sobre a violência chinesa na província. Eis que ontem, no jornal O Globo, apareceu uma notícia cujo título era "Dez mil desaparecidos em uma noite".
A matéria narrava que a líder da etnia muçulmana uigur na China, Rebiya Kadeer, que vive no exílio, denunciou que dez mil uigures desapareceram em uma só noite, durante os confrontos do início do mês em Urumqi.
Fiquei assustado com o fato do próprio governo chinês reconhecer que as revoltas teriam deixado cerca de 1.700 feridos e 1.600 presos. Se os números oficiais são tão grandes, imaginem os verdadeiros. Afinal, todos sabemos que dados oficiais sempre recebem uma "maquiagem", para agredir menos a opinião pública. Outro fato preocupante é a ausência do número de mortos, na versão oficial.
Rebiya, que sofre campanha diplomática negativa tão intensa quanto a do Dalai Lama, por parte da China, pediu uma investigação da ONU, para que se saiba exatamente o que aconteceu na tal noite do desaparecimento das dez mil pessoas e também para que se conheça o destino dos presos pela China.
Ou seja, a minha preocupação tinha fundamento e é absolutamente necessário que órgãos internacionais e países estrangeiros participem mais ativamente, exigindo informações sobre os eventos em Urumqi.
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