Ainda estou lendo o "Contra-história da Filosofia", de Michel Onfray. Li a introdução e "voei" para a parte referente a Spinoza. O livro é bastante interessante e Onfray conseguiu delimitar e definir bem precisamente seu universo de estudo, "os libertinos".
A parte sobre Spinoza, ainda que não traga novidades espantosas sobre o luso-holandês, é bem desenvolvida e acrescenta conteúdo, por dar relevo ao pensamento spinozano sobre este pano de fundo "libertino".
Mesmo antes de fazer um comentário mais extenso sobre o texto, gostaria de registrar um parágrafo - apenas um, por enquanto - para aguçar o espírito e suscitar questionamentos nos amigos do blog.
"Estranho Espinosa! Seu materialismo sem matéria; seu Deus sem transcendência; seu hedonismo sem corpo; seu epicurismo sem átomos; sua ética sem moral; sua religião sem dogmas; sua eternidade sem além-mundos; sua liberdade sem livre-arbítrio; seu desejo sem carne; suas virtudes sem dever: eis um estranho pensamento oximórico! Logo, barroco".
Boa inspiração, pessoal!
Boa inspiração, pessoal!
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