Não, não. Não falarei de Heidegger.
O título, desta vez, não se refere apenas à Universidade de Marburgo, onde Heidegger lecionou, mas da Escola fundada por Hermann Cohen e Paul Natorp, com seu núcleo na universidade de mesmo nome, e que teve como expoente Ernst Cassirer.
A Escola de Marburgo foi um dos "produtos" derivados da filosofia kantiana, ou seja, uma das filosofias neokantianas - como a Escola de Baden, dos filósofos Wildelband e Rickert. Mais interessante, segundo minha opinião, do que a Escola de Baden, que enfatizava a parte do pensamento kantiano referente à "Crítica da Razão Prática", é a Escola de Marburgo, que tenta expurgar da filosofia kantiana o que é alvo do maior número de adversários da "Crítica da Razão Pura": a "estranha" relação entre o númeno e o fenômeno. Afinal, como escreve o professor Benedito Nunes, no seu "A Filosofia Contemporânea": "Kant, que insistira tanto, em muitas passagens de sua Crítica, no fato de que os conceitos puros ou categorias deveriam aplicar-se, como princípios delimitativos da experiência, aos objetos empíricos, acabou admitindo, na retaguarda dos fenômenos, a existência da coisa-em-si, exterior ao pensamento, aparição obsedante do ser absoluto buscado pela Metafísica".
O que fará, então, a Escola de Marburgo? Ela tentará "eliminar o fantasma da coisa-em-si", nas palavras de Benedito Nunes.
Entretanto, enquanto Cohen remete a filosofia transcendental de Kant à análise do conhecimento científico, Cassirer reivindica, também, preocupações da Escola de Baden, relativamente às ciências humanas. Uma das novidades deste, aliás, é incluir, ao lado da ciência natural, a linguagem, o mito e a arte, no domínio da experiência do homem.
São informações muito preliminares, ainda, mas tenho lido sobre o assunto. Quem sabe, isso possa render alguns posts mais completos ,em breve?
Só para aguçar a curiosidade dos amigos, Foucault - um filósofo muito em voga, hoje em dia -, que escreveu uma introdução à antropoligia kantiana, declarou uma vez: "Nós somos todos neokantianos".
O título, desta vez, não se refere apenas à Universidade de Marburgo, onde Heidegger lecionou, mas da Escola fundada por Hermann Cohen e Paul Natorp, com seu núcleo na universidade de mesmo nome, e que teve como expoente Ernst Cassirer.
A Escola de Marburgo foi um dos "produtos" derivados da filosofia kantiana, ou seja, uma das filosofias neokantianas - como a Escola de Baden, dos filósofos Wildelband e Rickert. Mais interessante, segundo minha opinião, do que a Escola de Baden, que enfatizava a parte do pensamento kantiano referente à "Crítica da Razão Prática", é a Escola de Marburgo, que tenta expurgar da filosofia kantiana o que é alvo do maior número de adversários da "Crítica da Razão Pura": a "estranha" relação entre o númeno e o fenômeno. Afinal, como escreve o professor Benedito Nunes, no seu "A Filosofia Contemporânea": "Kant, que insistira tanto, em muitas passagens de sua Crítica, no fato de que os conceitos puros ou categorias deveriam aplicar-se, como princípios delimitativos da experiência, aos objetos empíricos, acabou admitindo, na retaguarda dos fenômenos, a existência da coisa-em-si, exterior ao pensamento, aparição obsedante do ser absoluto buscado pela Metafísica".
O que fará, então, a Escola de Marburgo? Ela tentará "eliminar o fantasma da coisa-em-si", nas palavras de Benedito Nunes.
Entretanto, enquanto Cohen remete a filosofia transcendental de Kant à análise do conhecimento científico, Cassirer reivindica, também, preocupações da Escola de Baden, relativamente às ciências humanas. Uma das novidades deste, aliás, é incluir, ao lado da ciência natural, a linguagem, o mito e a arte, no domínio da experiência do homem.
São informações muito preliminares, ainda, mas tenho lido sobre o assunto. Quem sabe, isso possa render alguns posts mais completos ,em breve?
Só para aguçar a curiosidade dos amigos, Foucault - um filósofo muito em voga, hoje em dia -, que escreveu uma introdução à antropoligia kantiana, declarou uma vez: "Nós somos todos neokantianos".
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