Todos nós sabemos o quanto o Existencialismo deve a Kierkegaard. Entretanto, há uma passagem no livro "A Filosofia Contemporânea", de Benedito Nunes, falando do dinamarquês, que quase nos remete a uma explicação direta sobre Sartre.
Vejamos o trecho, que fala da passagem da "etapa estética" para a "etapa ética", segundo a teoria kierkegaardiana:
"O estágio ético resulta da escolha do indivíduo, afirmando-se como universal humano. Seus atos já não apresentam a oscilação indiferente do estético. São ATOS que encontram NA EXISTÊNCIA INDIVIDUAL seu objeto de interesse máximo, INFUNDINDO-LHE UM SENTIDO GERAL. O QUE É GERAL na ética não absorve a individualidade, nem se lhe impõe do exterior: ORIGINA-SE DE UMA DECISÃO; decisão PELA QUAL O HOMEM ASSUME LIVREMENTE, COMO SEU PRÓPRIO DESTINO, O DESTINO COMUM DA HUMANIDADE... A individualidade subsiste no estágio ético. É dela que provém a decisão sobre o que é valioso. DECIDINDO PARA AGIR E AGINDO PARA SER, SÓ ENTÃO O INDIVÍDUO CONQUISTA A PLENA REALIDADE que lha faltava no estágio estético".
Os grifos são meus, e pretendem destacar as passagens com maior aproximação entre o dinamarquês e o francês.
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