Fala tu, querido Pessoa:
- "O amor é uma amostra mortal da imortalidade";
- "Amar é cansar-se de estar só: é uma cobardia portanto, e uma traição a nós próprios (importa soberanamente que não amemos)";
- "Quem não quiser sofrer que se isole. Feche as portas da sua alma quanto possível à luz do convívio";
Parece que nosso querido Pessoa estava empolgado com o amor, no primeiro; com desilusão amorosa, no segundo, e decepcionado com os outros, no terceiro. Sobre esse último, eu emendaria o poeta, dizendo que "quem não quiser ser plenamente feliz, também se isole...". Portanto, "o que dá para rir, dá para chorar"!
Mais alguns:
- "Definir o belo é não o compreender";
- "No fundo, o homem religioso é um hedonista. O instinto religioso geral é um instinto de prazer, de ter tudo resolvido na vida. Deter-se só perante a Verdade é doloroso para o homem. A Realidade é muda e fria";
- "Os sonhos são como a tradução para uma língua de coisas intraduzíveis de outra; ou como a transposição para linguagem - forçosamente confusa ou complicada - de sentimentos vagos ou complexos, que a redacção normal não pode comportar".
Profundas, essas! Adorei!
Quem conhece o heterônimo Dr. Gaudencio Nabos? Pois é ele o autor de "Ter estado num naufrágio ou numa batalha é algo belo e glorioso; o pior é que teve de se estar lá para se ter lá estado". Bem brincalhão o Dr. Gaudencio.
Um viva ao irracionalismo: "Para quem é guiado pelo sentimento, a solução de qualquer questão é fácil". Particularmente, duvido que se fizermos uma pesquisa, chegaremos a essa conclusão.
Depois escrevo mais!
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