quinta-feira, 28 de julho de 2011

"100 obras-chave de Filosofia" (2)

   PROBLEMÁTICA:

   Retomando a questão central do Tratado da Reforma do Entendimento, a ideia é compreender como elevar sua natureza a uma maior perfeição.
   Espontaneamente tomada em determinações que lhe escapam, é a passividade, tanto a do corpo como a do espírito, que marca a condição natural do ser humano. A servidão é primária e se apoia no menosprezo das coisas. Inclusive, nenhuma sabedoria poderá elevar-se se não for ao mesmo tempo libertação. Mas, ao inverso, nenhuma libertação é pensável sem um trabalho especulativo que permita recuperar a natureza humana a partir do conjunto da natureza: "Não sabemos com certeza se é bem ou mal senão aquilo que nos serve verdadeiramente para compreender, ou o que pode impedir-nos de compreender" (IV,37)
   Daí um trabalho demonstrativo que parte do conhecimento de Deus (I), isto é, da natureza, constrói em seguida uma teoria geral do espírito (II) e dos afetos (III) para esclarecer a possível passagem da servidão (IV) à liberdade (V). Condição de possibilidade da liberdade, a apreensão da essências das coisas é ao mesmo tempo um fim sem restrições, uma vez que ela corresponde a um grau de atividade máxima cujo corolário é a alegria.

[TO BE CONTINUED!]

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