Além do Silvério, a leitura de "O amor", de Sponville, à qual já me referi no post anterior, evocou-me a memória de Nietzsche.
A passagem é pequena, mas me fez lembrar fortemente a "transvaloração de todos os valores" nietzscheana. Foi quando Sponville escreveu "Somente um sábio pode prescindir da moral. Somente um louco pode pretender prescindir dela".
Para não ser totalmente injusto com Nietzsche - evitando que alguém pergunte se, afinal, ele era sábio ou louco; e eu tenha que optar pela segunda hipótese -, há que se reconhecer que ele pretendia fundamentalmente opor-se à "moral de rebanho", plenamente efetivada, segundo ele, pela "moral cristã", instaurando a "moral do nobre/do cavaleiro/do senhor", cujos valores são baseados na "potência" realizadora e não na "impotência" submissa.
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