Poucos dias depois daquela primeira conversa narrada no post anterior, encontro casualmente o professor Serra.
Ele vindo de lá, eu indo de cá. Cumprimento-o. Trocamos algumas palavras de apreço e ele fez um comentário muito engraçado. Disse-me que, assim que me viu, lembrou-se de um quadro chamado "Spinoza caminhando", pois eu estaria com o mesmo "ar reflexivo" representado na pintura.
Brincamos, então, sobre o fato de eu estar tão ligado mentalmente a Spinoza que meu corpo - de cuja alma é a ideia -estaria se tornando mais próximo ao dele. Rimos juntos, e eu disse que antes "internalizara" Spinoza, e que agora estava a "externalizá-lo". Despedidas feitas, segui caminhando, à la Spinoza, talvez.
Resolvi o que tinha que resolver e, assim que pude, fui procurar conhecer a tal pintura. Ei-la abaixo.
Igual, igual mesmo, só o livro sob o braço... e, com um máximo de boa vontade, a postura e o ar compenetrado.
Espero que não houvesse ninguém tão aterrorizado com minha presença, quanto aqueles que se espremem ao fundo da pintura.
De qualquer forma, se não posso parecer intelectualmente com Spinoza, que seja, pelo menos, fisicamente.
Agora, cá entre nós, professor Serra, a cabeleira do Spinoza certamente é um ponto que não me aproxima a ele! Rsss.
Um comentário:
Rsrsrsrsrsrs
Gostei, espero que vc não estivesse usando aquele chapéu também.
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