quinta-feira, 14 de julho de 2011

Heinrich Heine

  Heinrich Heine (1797-1856) é chamado de o "último romântico". Este poeta alemão, além da sua qualidade literária, se destacou pelo engajamento social e político.
  Suas críticas à sociedade alemã valeram-no um exílio na França, para onde havia ido, inicialmente, de modo voluntário. Heine, que liderava um grupo chamado "Movimento da Jovem Alemanha de 1835", era tido, pelas autoridades alemãs, como um subversivo, tendo sofrido censura de vários de seus textos.
   Conheceu Marx e Engels. Aliás, a ideia de que "a religião é o ópio do povo", estabelecida por Marx na Crítica da filosofia hegeliana do Direito, de 1844, já aparece, em certa medida, na obra de Heine, em 1840, quando ele, um crítico mordaz da religião, escreve: "Bendita seja uma religião, que derrama no cálice da humanidade sofredora algumas doces e soporíferas gotas de ópio espiritual, algumas gotas de amor, fé e esperança".
    Apesar de sua crítica à religião, converteu-se ao Luteranismo próximo dos 28 anos de idade. Aliás, isso envolve uma curiosidade sobre seu nome. Ele foi batizado como Harry Heine e, quando da sua conversão, adotou o nome de Christian Johann Heinrich Heine.
   Em relação às citações marcantes, deixou outra bastante famosa: "Aqueles que queimam livros, acabam cedo ou tarde por queimar homens".
    Além desta, outra da qual eu gosto muito, e que poderia ter vindo da pena de um filósofo, é: "Larga as parábolas sagradas,/ Deixa as hipóteses devotas/ E põe-te em busca das respostas/ Para as questões mais complicadas".

Nenhum comentário: