quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

As quotas na Uerj

  Já estava com saudades de postar algo no blog. Como tirei umas mini-férias e depois sofri uma ausência de conectividade domiciliar, fiquei um pouco longe da net. De volta ao trabalho, consegui, no máximo, responder um ou outro e-mail.
  Em função da ausência, acho que dá para dizer "Feliz Ano Novo" - um pouco atrasado... mas ainda estamos, afinal, na primeira semana do novo ano.
  Após os desejos de um ótimo 2011 aos amigos dos amigos, comecemos a "trabalhar" no blog.
  A primeira boa notícia que tive no ano foi obtida em uma entrevista com o reitor da Uerj, Ricardo Vieralves. O Magnífico Reitor antecipou uma pesquisa, que será publicada em breve, onde se avalia a evolução acadêmica daqueles que entraram na Universidade Estadual do Rio de Janeiro pelo Sistema de Quotas.
  Antes de falar efetivamente sobre os dados, gostaria, como sempre faço quando falo sobre esse assunto, de indicar que sou absolutamente contra "quotas raciais". Imagino, sim, que deva haver "quotas sociais", que se baseiem nas circunstâncias sócio-econômicas que envolvem o estudante que postula uma vaga universitária. Neste caso, penso, devem ser aumentadas - ainda que, momentaneamente, de forma artificial - as chances de ingresso para pessoas, por exemplo, que sempre frequentaram escolas públicas e que possuam renda abaixo de um determinado patamar. Mesmo assim, imagino que essa deva ser uma política temporária... da mesma forma que penso sobre os "Bolsas Família" da vida.
  Mas, voltando à pesquisa.
  O reitor Ricardo Vieiralves mostrou que se, realmente, os primeiros períodos dos quotistas, de um modo geral, são piores que os daqueles que ingressaram sem a política de quotas - embora haja exceções em alguns cursos -, nos períodos intermediários, as coisas vão se igualando e, mais próximo ao fim do curso, há vários quotistas que superam os não-quotistas.
  Antecipou-nos, então, o reitor que a política de quotas, se bem administrada - e, isso, a Reitoria da Uerj faz bem, oferecendo outros incentivos, como auxílio-transporte, por exemplo -, pode gerar bons frutos. Mais do que isso, comprova-se que o desnível inicial, com aplicação e dedicação de um aluno bem apoiado, consegue ser superado, dando possibilidade de formação de um bom profissional.
  Fiquei realmente muito feliz!

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