quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Ethics - The basics, de John Mizzoni


   O título do post é o mesmo do livro que estou lendo... ou relendo. Não, não... já que não li nenhuma vez por inteiro, é lendo, mesmo. Rsss.
   Explico. Utilizei - e, por isso, li - algumas partes do livro na minha dissertação. Mas, agora, estou lendo o texto pela primeira vez em sequência. E ele é muito bom.
   Os capítulos são: "Relative Ethics or Universal Ethics?", "Virtue Ethics", "Natural Law Ethics", "Social Contract Ethics", "Utilitarian Ethics", "Deontological Ethics", "Care Ethics" e "Conclusion: Using the Tools of Ethics".
   Não se trata apenas de uma apresentação das diversas teorias éticas, mas de uma discussão elaborada sobre a Ética e suas diversas abordagens. Além disso, entre os apêndices, há um sobre Metaética.
   O livro mereceria vários posts... e, talvez, venha a ter. Mas, por enquanto, só vou colocar uma ideia que achei bem interessante, que é de uma frase atribuída a São Francisco de Assis: "Preach the gospel at all times, and sometimes use words".
   A "pregação" envolve o exemplo, e não simplesmente a repetição de palavras, que só devem ser usadas de vez em quando. O que mais vemos é o contrário, muito blá-blá-blá e pouco bom exemplo.

Reforma política


   Penso que todos que acompanham a Política brasileira diagnosticam a necessidade de uma reforma nesta área. O assunto, além de urgente, não é tão simples. São muitas as modificações a serem realizadas e, por sua complexidade, grande quantidade de debates também deve ser empreendida.
   Para auxiliar nosso pensamento, encontrei um livro relativamente leve que trata do assunto. Trata-se de Reforma Política - O debate inadiável, de Murillo Aragão, publicado pela Civilização Brasileira, agora em 2014. 
   O autor é advogado, cientista político e possui doutorado em Sociologia.
   O livro, que tem pouco menos de duzentas páginas, conta com uma apresentação do jornalista William Waack, e tem capítulos como "O que é Reforma Política", "Necessidade da Reforma Política", "Democracia: crise e seus caminhos alternativos", entre outros.
   Sinceramente, só passei os olhos pela obra, mas parece boa para aumentar nossa ilustração sobre o tema.

Maomé... o inovador


   Todos sabemos que Maomé criou uma nova religião, e, neste sentido, já é um inovador. Porém, ao lermos a revista Super Interessante deste mês de fevereiro, iremos saber que ele foi um inovador em sentido muito mais amplo... e, arrisco-me a dizer, até mais interessante.
   O autor do texto "Maomé - A face oculta do criador do Islã" é Alexandre Versignassi. Escreveu de forma bastante informativa, mas leve... e até divertida, por vezes. Vejamos uma prova desta última parte da frase: "Uma de suas primeiras medidas no campo das coisas práticas foi baixar a Selic. [...] Então ele criou um BNDES em Medina".
   Como Spinoza diz, a religião tem uma função política nos grupos. O texto mostra como Maomé formou "uma tribo [a Ummah] que não era unida por laços de sangue, mas por uma ideologia". E esta comunidade gozava de privilégios, como, por exemplo, empréstimos a juro zero para os seus afiliados. Além dessa medida financeira, outra, que dizia respeito à quebra do monopólio do controle do comércio, em Meca, pela poderosa tribo dos Quraysh, foi instaurada, com a criação de uma feira que não cobrava taxas, como todas as que existiam fornecendo dinheiro àquela megatribo, o que resultou numa queda geral de preços. 
   Outra medida citada na reportagem é a concessão às mulheres da Ummah do direito de herdarem propriedades, "pela primeira vez na história das Arábias".
   Uma espécie de "Bolsa Família" foi outra novidade. Os membros da Ummah pagavam um imposto de acordo com suas posses, o zakat, que também abastecia os seguidores mais pobres.
   Mesmo a biografia de Maomé tem fatos inovadores. Sua primeira esposa, por exemplo, quinze anos mais velha que o profeta, foi Khadija, uma mulher emancipada - ao contrário do costume da época - dona de caravanas extremamente lucrativas.
   Como eu disse, além dessas informações extraordinárias, a matéria traz a história da nova religião e de seu criador.
    Em suma, superinteressante!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Paul Johnson (2)


   Quem quiser conferir algumas das opiniões de Paul Johnson pode ler uma entrevista concedida ao site G1, através do link:

Paul Johnson


   O historiador Paul Johnson tem opiniões polêmicas, como a de que os estilistas, por serem, segundo ele, em sua maior parte homossexuais, criam roupas que transformam as mulheres em "macacas", ou ainda a de que Picasso não tem nenhum valor.
   Sem entrar no mérito das opiniões acima, gostaria de comentar uma outra. Segundo ele, o Islã, ao contrário do catolicismo e do judaísmo, permanece "uma religião de feições medievais". Apesar de não achar possível falar do islamismo em geral, o fato é que a morte do piloto jordaniano Muath al-Kasaesbeh, queimado vivo, tem realmente notas das fogueiras da Santa Inquisição do cristianismo da Idade Média.
   Não é estranho imaginar que uma religião surgida somente no século VII esteja "atrasada", cronologicamente falando, em relação às outras. Contudo, temos que recordar que o islamismo contou com grandes pensadores já no medievo cristão, o que poderia garantir a esta religião, na verdade, um avanço doutrinário e prático em relação às demais. 

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

arcebispo de Niterói


   A coluna "Ponto de Vista", do jornal O Fluminense, aqui da minha cidade, apresentou, no dia 28 de janeiro, o texto "Por que a Filosofia?", assinado por ninguém menos que o arcebispo da Arquidiocese de Niterói, Dom José Resende Dias.
   O texto espantou um pouco a mim - positivamente, há que se registrar. Nele, Dom José diz que "são quatro as formas de conhecimento: a arte, as ciências, a filosofia e a religião". E informa, então, que falará sobre a Filosofia.
   Algumas informações são um tanto quanto questionáveis, como, por exemplo, dizer que "ser filósofo não é apenas ter pensamentos sutis, mas amar o saber a ponto de viver [...] uma vida de simplicidade, independência e confiança". Será mesmo que todos os filósofos são assim?
   Deixa estar...
   Ao final do texto, a resposta de "Por que a Filosofia?" aparece. E ele diz que é "para experimentar, já aqui, um pouco da eternidade a que somos destinados". Fico pensando se a religião - outro tipo de conhecimento, segundo Dom José - ainda se faz necessária, então, para algo?
   Mas o que chamou mais a minha atenção foi a seguinte passagem: "O mais nobre dos prazeres é a alegria de compreender (Leonardo Da Vinci). Ao que parece foi essa alegria que contaminou os ESPÍRITOS NOBREMENTE SELVAGENS de Sócrates, Platão, Aristóteles, SPINOZA, Kant, Heidegger, entre outros". (Grifo meu)
   Caramba... o arcebispo católico citou nominalmente, entre apenas seis filósofos, Spinoza!?!?!? Eu não sei exatamente o que é um "espírito nobremente selvagem", mas se Dom José fez referência a Sócrates, Platão, Aristóteles e Kant - embora haja Heidegger, também - é porque isso parece ser bom. Rssss.