A coluna "Ponto de Vista", do jornal O Fluminense, aqui da minha cidade, apresentou, no dia 28 de janeiro, o texto "Por que a Filosofia?", assinado por ninguém menos que o arcebispo da Arquidiocese de Niterói, Dom José Resende Dias.
O texto espantou um pouco a mim - positivamente, há que se registrar. Nele, Dom José diz que "são quatro as formas de conhecimento: a arte, as ciências, a filosofia e a religião". E informa, então, que falará sobre a Filosofia.
Algumas informações são um tanto quanto questionáveis, como, por exemplo, dizer que "ser filósofo não é apenas ter pensamentos sutis, mas amar o saber a ponto de viver [...] uma vida de simplicidade, independência e confiança". Será mesmo que todos os filósofos são assim?
Deixa estar...
Ao final do texto, a resposta de "Por que a Filosofia?" aparece. E ele diz que é "para experimentar, já aqui, um pouco da eternidade a que somos destinados". Fico pensando se a religião - outro tipo de conhecimento, segundo Dom José - ainda se faz necessária, então, para algo?
Mas o que chamou mais a minha atenção foi a seguinte passagem: "O mais nobre dos prazeres é a alegria de compreender (Leonardo Da Vinci). Ao que parece foi essa alegria que contaminou os ESPÍRITOS NOBREMENTE SELVAGENS de Sócrates, Platão, Aristóteles, SPINOZA, Kant, Heidegger, entre outros". (Grifo meu)
Caramba... o arcebispo católico citou nominalmente, entre apenas seis filósofos, Spinoza!?!?!? Eu não sei exatamente o que é um "espírito nobremente selvagem", mas se Dom José fez referência a Sócrates, Platão, Aristóteles e Kant - embora haja Heidegger, também - é porque isso parece ser bom. Rssss.
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