quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Sexo das casadas e das prostitutas


   Caramba... será que Bertrand Russell tem razão quanto ao sexo das casadas e das prostitutas?
  O filósofo inglês disse: "As mulheres casadas mantêm mais relações sexuais indesejadas que as prostitutas".

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Renda mínima


   A UOL noticiou que a Finlândia estuda pagar uma renda mínima para todos os seus cidadãos, independente de sua condição social. O valor a ser pago deverá cobrir todas as necessidades básicas do indivíduo. 
   De acordo com o jornal Helsinki Times, a administração das diversas formas de benefícios sociais - como seguro desemprego, bolsas estudantis, auxílio habitação, pagamentos por invalidez e pensões - seria mais simples e eficiente, demandando menos funcionários ao Estado.
   Enquanto isso, o site Dutch News, da Holanda, informou que a cidade de Utrecht vai testar, em janeiro de 2016, um programa de renda mínima a fim de fazer um estudo. A população será dividida em três grupos: o primeiro continuará sob o sistema atual, com um adicional para moradia e seguro saúde; o segundo, ganha benefícios em um sistema de incentivos e premiações; e o terceiro, valores fixos, sem extras.
   Uma das perguntas que o experimento espera responder é: as pessoas deixariam de trabalhar se recebessem a renda mínima?
   É certo que há uma distância cultural muito grande entre os Países Baixos e o Brasil, mas  uma das alegações contra o Programa Bolsa Família é justamente o de que os beneficiados se contentariam em receber a tal renda mínima e não se interessariam mais pelo mercado de trabalho. 
   Aguardemos os resultados da pesquisa holandesa.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Míriam Leitão e o Bolsa Família


   Nos últimos tempos, tenho me detido um pouco mais sobre uma análise dos dados históricos do Programa Bolsa Família. Aliás, em algum momento, escreverei mais detidamente sobre o assunto. Fato é que passei de um opositor ferrenho ao programa a um defensor do mesmo. Não vejo problema em mudanças, desde que elas sejam bem fundamentadas. No caso específico, acho que faltavam informações mais específicas. Desta feita, acho que eu cometia um erro horrível para um filósofo, que era me debruçar mais sobre opiniões do que sobre fatos. Que seja... ainda bem que meu exercício filosófico constante me abriu uma nova perspectiva... que será aquela em que me basearei, até que seja demonstrado algum erro de entendimento meu... para o que estou sempre aberto, obviamente.
   Dito isto, gostaria de registrar, com imensa felicidade, que não penso sozinho sobre o programa. Mas, mais do que isso, que quem está ao meu lado não é um opinador ideologizante qualquer, mas uma, em princípio, opositora ao modelo PT de conduzir o país, a jornalista Míriam Leitão.
   Em sua coluna do último domigo (25/10/15), Míriam se manifestou contra a ideia do deputado Ricardo Barros de cortar 35% dos recursos do programa, como parte do esforço para equilibrar as contas brasileiras.
   Escreveu Míriam: "Com todos os defeitos, é uma rede eficiente que retira pessoas da extrema pobreza e da pobreza. [...] O Congresso promover o corte de um terço no programa, como parte da briga política, em momento de recessão e aumento do desemprego, é a forma de expor a riscos a parte mais vulnerável da sociedade".
   Nota 10! Adorei sua avaliação sobre a importância do programa. Também compartilho da sua opinião sobre os defeitos do Bolsa Família. 
   Indica a jornalista: "O Bolsa Família custa 0,5% do PIB e cria uma rede de proteção que alcança 14 milhões de famílias. Em vez de querer acabar com ele, é preciso combater seus defeitos, e não aceitar a versão petista de que é propriedade do partido. Ele é herdeiro de outros programas de transferência de renda que nasceram da ideia de que era preciso focar nos mais pobres e formatar políticas públicas que levassem recursos públicos a quem mais precisa. Reduzir os extremos da pobreza foi um dos consensos que a sociedade brasileira formou". 
   E diagnostica, também, que: "Ele [o Programa Bolsa Família] acumulou nos últimos anos inúmeras distorções. Talvez a maior delas tenha sido o uso eleitoral do programa".
   Concordo em gênero, número e grau! Rsss.

"Manifesto do Partido Comunista" (2)


   Passado o momento pré-textual, vamos ao próprio escrito de Marx e Engels.
    Antes porém, sejamos sensatos o suficiente para reconhecer que o texto é panfletário - foi encomendado pela Liga Comunista - e que foi escrito por dois jovens - Marx tinha 29 e Engels, 27 anos de idade. E nenhum dois, ao que me parece, tinha o brilhantismo juvenil de um David Hume, que, lembremos, escreveu o incrível Tratado sobre a natureza humana também com apenas 28-29 anos.
   O livro Devaneios sobre a atualidade do Capital, de Clóvis de Barros Filho e Gustavo Fernandes Dainezi, registra a seguinte observação: "Marx, no Manifesto Comunista, permite-se simplificações que em O Capital ele não faz, e isso, evidentemente, para quem analisa a obra de Marx dentro de uma busca de coerência formal, sem considerar os contextos em que essa produção aconteceu, salta aos olhos como uma impropriedade ou incoerência".
   Levarei em consideração estes fatos - panfleto midiático, certa imaturidade e simplificações admitidas na obra -, esquivando-me de fazer uma crítica severa demais em relação ao texto. Até porque, com toda a sinceridade que me permito, admito que nunca lerei O Capital como obra de estudo - apesar de ter o texto num magnífico exemplar único, o que favoreceria muito a leitura. O que farei, e o que faço, é abordá-lo pontualmente, de acordo com necessidades específicas.
    Voltemos ao panfleto, então!
   Chama minha atenção logo a abertura do primeiro item (Burgueses e Proletários), onde se lê: "A história de toda a sociedade até hoje tem sido a história da luta de classes". Bem, essa é a "verdade" para os dois alemães, muito mais do que uma tese a ser justificada, via argumentativa. Contudo, a minha versão do texto apresenta uma "desculpa" de Engels para uma afirmação que parece se mostrar meio equivocada. O mais jovem dos dois filósofos, numa nota aposta à versão inglesa do texto, em 1888, diz: "Isto é, com exatidão, a história transmitida por escrito". Lembro, a setença inicial é apresentada não como tese, mas como verdade, tanto assim que Engels fala da "exatidão" do conteúdo. Mas... em seguida, o jovem alemão começa a indicar que, a partir de 1847, quando o Manifesto foi escrito, novas informações sobre as sociedades mais antigas foram apresentadas e, com isso, "descobriu-se que as comunidades aldeãs com propriedade comum da terra foram a forma originária da sociedade".
   Acho interessante Engels tentar explicar essa variação de perspectiva em uma nota. Contudo, fico a pensar que investigações mais antigas, ainda que talvez não acolhidas por uma Ciência formalmente estabelecida como "A História", já tinha chegado à conclusão de que sociedades mais primitivas se desenvolviam sob bases menos conflituantes, digamos assim. Tanto é que Rousseau, já em 1754, analisa o tema, em Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, e identifica o "surgimento" da propriedade privada como fundamento do "mal" na sociedade. Teria sido Marx zeloso demais, insistindo em desconsiderar as bases não científicas, e sim "meramente" filosóficas de Jean-Jacques?
   Depois, eu continuo...

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Marcio Pochmann


   Gostei muito de assistir à entrevista do economista - e professor da Unicamp - Marcio Pochmann, na Globo News, no programa "Diálogos", de Mário Sérgio Conti.
   Ele falou das alternativas que poderiam ser implementadas na política econômica brasileira. Segundo o professor, nós estamos adotando um modelo pré-keynesiano, já demonstrado como ineficaz. Disse que não é possível fazer ajuste fiscal numa economia em recessão, como é o nosso caso.
   O mais interessante é que Marcio Pochmann pertence aos quadros do PT. Portanto, sua avaliação não é a de um adversário indignado, mas de um amigo decepcionado, diríamos.

"Manifesto do Partido Comunista"

   
   Obviamente, o título do post se refere ao livreto escrito por Karl Marx e Friedrich Engels.
   A versão que tenho é publicada pela Edipro, e conta com uma Apresentação, escrita por Annibal Fernandes, e um Prefácio, de autoria de Edmilson Costa - o primeiro é jornalista, advogado e cientista social, enquanto o último é economista e, também, cientista social.
   Não tenho competência específica nas áreas de Economia e Direito, como os autores dos textos que introduzem a versão que tenho. Contudo, por vezes, acho que é difícil deixar de estranhar algumas opiniões apresentadas. 
   Embora Annibal Fernandes privilegie a descrição do texto do livreto, há pelo menos um trecho em que ele se deixa levar pelo entusiasmo com o ataque ao Capitalismo, e parece exagerar na dose. Isto ocorre quando ele explica que o jornalista Carlos Chagas repercute uma notícia do New York Times, de 1996, sobre o aumento da miséria no mundo - obviamente, "empurrando a conta" para o Capitalismo. Annibal conclui que, antes de 2048, metade do gênero humano estará na indigência. Uma matéria da revista Exame, baseada em dados da ONU, indica que aproximadamente um terço da população mundial se situa na região da pobreza, ou na iminência da mesma. Isto é diferente da "indigência", que corresponde a uma "pobreza extrema". Só para que se tenha uma noção melhor, segundo a ONU, aqui na América Latina, calcula-se que, em 2014, haja 28% de pessoas vivendo na "pobreza", mas menos de 12% vive na "indigência".
   Além disso, houve, segundo determinadas estatísticas, uma redução da pobreza, durante certo período, com uma posterior estabilização. Entretanto, é verdade que os índices apontam para uma retomada do agravamento destes números. Não seriam estes os efeitos dos "ciclos" do Capitalismo, muito mais do que uma tendência de extermínio do mesmo?
    As opiniões de Edmilson Costa, penso, são mais problemáticas. Ele diz, por exemplo, que "a burguesia, apesar de rotineiramente decretar a morte do comunismo, sabe ela mesma que seu domínio histórico é transitório". Pergunto: Será que Edmilson realmente acha que os bilionários donos dos meios de produção pensam que seu domínio é transitório? E, se pensam, será por crer que o Comunismo vá substituir o Capitalismo no mundo?
   Diz também que "enquanto houver o capitalismo [...], a luta de classes permanecerá [...] e o Manifesto continuará tão atual quanto o era às vésperas da revolução de 1848 na Europa". Até aqui, nem vou implicar com nada. Mas, logo em seguida, ele registra: "Não se trata aqui de uma profissão de fé, mas, sim, de avaliar a história da humanidade", dando a entender que racionalmente se chega a essa conclusão. Contudo, se a análise da História pode mostrar o que veio antes, somente em certa medida poderá garantir o que virá depois. Este "exercício de futurologia" que Marx faz dá errado em vários momentos. Portanto, parece-me, realmente só uma profissão de fé permite aferrar-se cegamente às suas previsões. Aliás, em anexo, o exemplar traz o "Estatuto da Liga dos Comunistas", que, em seu Artigo 2º, indica "As condições para dela [da Liga] ser membro são: [...] 3º) profissão de fé comunista". Não há nada sobre "analisar criticamente o que está dado".
   Curioso é perceber que o próprio Edmilson reconhece alguns "furos" dos pensadores alemães, pais do Comunismo. Ele explica, por exemplo, que "Marx e Engels imaginavam que a revolução socialista irromperia brevemente pelo mundo"... o que não aconteceu. E também diz: "Outro enunciado que também não se verificou foi o desaparecimento das camadas médias". 
   De um modo geral, penso que os "marxistas" são muito crentes na futurologia de Marx, e que se recusam a reconhecer que os "pequenos enganos" do filósofo prejudicam, e muito, a sua visão sistêmica.
   Continuarei falando deste pequeno texto depois.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Espectro político (2)


   O "espectro político" tenta classificar os diversos partidos segundo uma metodologia mais complexa, que combina dimensões das visões políticas, econômicas e sociais da agremiação partidária.
   Há várias possibilidades classificatórias.
   Klaus Gustav Heinrich von Beyme (1934-     ), professor de Ciência Política na Universidade de Heidelberg, por exemplo, categorizou os partidos europeus em nove famílias. Sete delas conseguiram manter-se no "eixo direita-esquerda" - partindo da "esquerda" rumo à "direita": comunismo, socialismo, verde, liberalismo, democrata cristão, conservador e extrema direita -; duas outras - os partidos étnicos e os agrários - variavam sua posição relativa.
   Já Leonard W. Ferguson construiu as regiões usando dez índices: controle de natalidade, pena capital, censura, comunismo, evolução, lei, patriotismo, teísmo, tratamento de criminosos e guerra.
   E outros mais existem. Vejamos algumas construções gráficas... das mais simples às mais complexas.








terça-feira, 13 de outubro de 2015

Espectro político


   Houve tempo em que a simples distinção entre "esquerda" e "direita" era suficiente para estabelecer o ideário político de um partido. Hoje, parece-me que isso já não ocorre.
   Como sabemos, a associação de uma referência espacial a um posicionamento ideológico, dentro da Política, se dá no cenário que precede a Revolução Francesa. Ao convocar os Estados Gerais, o rei Luís XVI tomou seu assento e ao seu lado direito ficaram os representantes do Primeiro e  Segundo Estados - clero e nobreza, respectivamente -, enquanto à sua esquerda posicionaram-se os do Terceiro Estado - o povo.
   Diante da grave crise instalada no reino, os da "direita" eram aqueles que tinham interesse na continuidade da monarquia, e de seus próprios privilégios, enquanto os da "esquerda" representavam o espírito revolucionário, com pretensões, inclusive, de dar fim à monarquia.
   Apesar de bem identificada essa gênese, ao longo dos anos os termos "esquerda" e "direita", na França, permaneceram referências secundárias. Inclusive, após o 9 Termidor de 1794, o método das cadeiras foi abolido.
   Contudo, com a Terceira República (1871), os termos "espaciais" passaram a ser utilizados como "ideológicos" pelos próprios políticos - surgindo partidos como "esquerda republicana", "centro esquerda" e "centro direita", por exemplo.
   Hoje, mais do que um "eixo ideológico", onde há dois extremos, a "direita" e a "esquerda", é necessário um "espectro político" - contendo "regiões" ideológicas, para dar conta da diversidade de posições políticas possíveis.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Socialismo fabiano


   Até pouco tempo, desconhecia o significado da expressão que dá título a este post... Como eu sempre digo: "A ignorância é uma droga!"
   Ainda não me aprofundei nas pesquisas, mas a ideia parece realmente interessante - ainda que eu me considere um conservador. 
   Consta da Wikipedia o seguinte:

"O socialismo fabiano era caracterizado pelo pragmatismo, rejeitava as idéias utópicas. Não consistia em um movimento revolucionário, mas tinha como escopo a progressão, em um sentido socialista das instituições já existentes.
O fabianismo era a favor de uma alternativa à propriedade dos meios de produção para por um fim à desordem econômica e aos abusos provocados pelo capitalismo. Defenderam, também, saúde pública e ensino gratuito para todos os cidadãos, assim como a normatização detalhada das condições de trabalho visando atenuar o abuso do emprego de mão-de-obra de crianças e o exacerbado número de acidentes de trabalho. Os primeiros folhetos da Sociedade Fabiana[3] defendiam os princípios da justiça social como a introdução de um salário mínimo, em 1906, a criação de um sistema de saúde universal em 1911".
   A pesquisa deve continuar...

O "tapetão" do Flamengo


   Meu querido Fluminense é sempre acusado de obter auxílio extra vindo dos tribunais esportivos... o que se chama, na gíria futebolística, de "tapetão".
   Na Campeonato Brasileiro de 2013, mais acusações foram lançadas ao meu querido tricolor, por conta do rebaixamento da Portuguesa-SP. Sempre defendi meu clube neste caso, porque a iniciativa de apontar o erro na escalação de um jogador de forma irregular não coube ao Fluminense, e sim ao próprio Tribunal Desportivo. 
   Por baixo dos panos, o que se comentava é que, na verdade, houve um acordo ilícito entre Flamengo e Portuguesa, visto que o rubro-negro carioca escalara no sábado - dia anterior ao jogo da Portuguesa -, também de modo irregular, um outro jogador. Neste caso, quem seria punido, e rebaixado, seria o "Urubu" carioca.
    Depois de muita gritaria, Flamengo e Portuguesa perderam pontos. Mas quem acabou caindo para a segunda divisão do futebol brasileiro foi o clube paulista. Volto a lembrar que o Flu não teve nenhuma participação neste evento, favorecendo-se apenas de ter mais pontos que a Lusa, após esta ter sua punição decretada.
   Fato é que o Flamengo se disse injustiçado e apelou ao tribunal máximo do futebol mundial, o Tribunal Arbitral do Esporte. E... no dia 05 de outubro de 2015, este órgão informou à CBF que a perda de pontos deve ser mantida, visto que o Flamengo também se beneficiou de irregularidade semelhante à da Portuguesa.
   Digo, então que, ao contrário do que os flamenguistas dizem, quem usou do "tapetão" para se manter na primeira divisão do futebol brasileiro foi nosso co-irmão Flamengo. Caso a Portuguesa não caísse, quem deveria ter jogado o Brasileirão da Série B de 2014, acompanhando o Vasco, seria o rubro-negro carioca.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

E por falar em partidos políticos...


   Estava comentando com uma amiga que o livro do Flavio Quintela faz pensar sobre algumas coisas que de um modo geral não são devidamente questionadas. Uma destas coisas é o fato de o nazismo não ser de extrema direita. Eu sei, isso parece meio estranho. Mas, pensemos: o nome completo do partido é "Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães. Ora, se o partido é de extrema direita, o que está fazendo aquele "socialista" em seu nome? Hein, hein, hein?
   O autor enumera alguns itens do programa do partido que, em alguma medida, realmente sugerem uma posição mais à esquerda do que à direita. 
   Uma rápida pesquisa na Wikipedia indica "foi um partido político de extrema-direita". Há, contudo, uma passagem bem curiosa, que diz: "A defesa de uma forma de socialismo por figuras de direita e movimentos na Alemanha se tornaram comuns durante e após a Primeira Guerra Mundial, influenciando o nazismo. Arthur Moeller van den Bruck do Movimento Revolucionário Conservador [...] defendeu uma ideologia que combina o nacionalismo de direita e o socialismo de esquerda". Que samba do crioulo doido, hein! Rsss.
   Alguém pode me ajudar a entender isso????