quarta-feira, 9 de julho de 2014

"Fantástico"


   No último domingo, um programa da TV Globo, o "Fantástico", apresentou duas matérias que me deixaram "mexido".
   A primeira dizia respeito à violência que se comete contra as mulheres na Índia. Sempre ouvimos falar dos estupros - até coletivos -, mas o excesso de casos de ácido lançado contra as mulheres... e, principalmente, a falta de punição para os culpados, deixou-me chocado. Fotos de algumas moças com o rosto deformado foram apresentadas. Mas o caso mais grave de ataque, em que a jovem, de apenas quatorze anos, ficou com o rosto completamente desfigurado, teve que proteger os telespectadores da força da imagem, "embaçando" o rosto da moça. A situação era tão severa que a jovem tinha que utilizar uma espécie de canudo nas narinas, que se fecharam com a deformação, a fim de poder respirar. A própria repórter se emocionou tanto que chorou, durante a entrevista.
    O único aspecto positivo da reportagem foi a informação de que as leis contra esse tipo de crime foram modificadas e que, pela primeira vez, houve uma condenação para um homem que fez isso.
    Chamou atenção, porém, um fato muito triste. O advogado que defende a moça considerou que parte da culpa era dela. Ou seja, aquela velha ideia machista de que o homem que agride uma mulher o faz por conta de ela ter dado motivos. Algo parecido foi sugerido em uma pesquisa, aqui no Brasil - embora, depois, indicou-se que havia um engano nos dados apresentados -, que registrou que, no caso de estupros, é a mulher que "provoca" o estuprador, seja usando roupas curtas, seja se insinuando, através de gestos.
   Absurdo total!
   Voltamos à questão da existência de valores mínimos a serem compartilhados universalmente.
   Depois comento a outra matéria.

Time sem vergonha! (3)


    Eu nem vou dizer que já sabia, afinal isso é muito óbvio. Mas o fato é que o desastre realmente já estava previsto. O curioso é que, a cada partida, ouvíamos a Comissão Técnica da seleção brasileira dizer que o time estava evoluindo. Eu, sinceramente, não entendo baseado em que isso era dito.
   É claro que a falta do Neymar atrapalhou... nem sei se o futebol da seleção, mas, pelo menos, o aspecto psicológico dos caras. Falo que nem sei se o futebol, porque, afinal, no jogo do Chile, o Neymar não jogou absolutamente nada. 
    O susto que tivemos com a Alemanha só não ocorreu antes porque os times que enfrentamos não eram tão fortes. O único jogo decente da "seleção" foi aquele em que o Neymar se machucou. E isso não quer dizer que houve uma evolução - como dizem os jogadores e a Comissão Técnica -, mas simplesmente porque pegamos um time que joga aberto e que dá espaço para jogar também.
    A minha sorte é que, desde o jogo passado, fiquei em frente a televisão sem estresse. Assisti aos jogos tranquilo. Neste último, então, diante da franca diferença de forças entre os dois times, nem deu para ficar nervoso.    
    Eu diria que, na verdade, fomos muito longe.
    Vejamos o que acontece com Argentina, Holanda... e a Alemanha, daqui para frente. Eu aposto na Alemanha, mas torço pela Holanda - terra do nosso querido Spinoza. Rssss.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Time sem vergonha! (2)


    Nossa querida amiga de além-mar ficou rindo de mim, pela última postagem no blog. Ainda bem que ela fez isso, em vez de me dar um puxão de orelha... que eu, na verdade, até mereceria.
   O fato que me deixou "fulo" foi esse time não conseguir jogar como o Brasil que conhecemos. Ganhamos?! Mas o futebol brasileiro certamente perdeu. Um time em que, no meio campo - aliás, nem sei se dá para dizer que este "timeco" tem um meio campo -, só aparecem os jogadores de marcação e no qual só há chutões para frente não merece carregar o símbolo da seleção brasileira de verdade.
   Agora, sem querer deixar minha amiga triste, tenho que confessar algo: embora eu também tivesse muita simpatia por Portugal, não dá para comparar a história da seleção lusa com a nossa. Deste modo, mesmo contando com o melhor jogador do mundo, o cracaço Cristiano Ronaldo, não decepciona tanto o futebol apresentado pelos portugueses, e, com isso, a sua eliminação precoce. É verdade que o excesso de gols levados chateou muito. Mas não era o caso, penso humildemente, de se decepcionar tanto com a saída de Portugal como o seria com a do Brasil.
    Mas, sinceramente, penso que não será possível ver o Brasil na final... a não ser que algo mude radicalmente.