quinta-feira, 27 de junho de 2013

Veduca

   Caros amigos dos amigos, descobri, nas minhas andanças "néticas", um site chamado "Veduca" que tem vídeo-aulas produzidas por instituições da importância de Oxford, Stanford, MIT e etc., distribuídas por vários temas, inclusive a nossa querida Filosofia.
   Acessei o site e me cadastrei, mas tenho que confessar que ainda não tive tempo de assistir à aula nenhuma. Entretanto, logo que se escolhe a Filosofia, aparece um curso de cinco horas sobre a Crítica da Razão Pura, produzido por Oxford. 
   Dá água na boca, não é?
   Acho que vale a pena dar uma conferida. O endereço do site é http://www.veduca.com.br
   
    Um detalhe interessante: há emissão de certificados.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

O problema da Filosofia (2)

   Lembrei-me de ter lido algo que teria a ver com o post anterior em Hume. Fui dar uma olhada nas Investigações sobre o entendimento humano. Na Seção 4, Parte 1, Parágrafo 12, Hume escreve:
   "[...] o resultado de toda filosofia é a constatação da cegueira e debilidade humanas, com a qual deparamos por toda parte apesar de nossos esforços para evitá-las ou dela nos esquivarmos".
    Em resumo, quem não quiser descobrir as próprias limitações, é melhor não começar a pensar e filosofar. Rsss.

O problema da Filosofia

   O filósofo espanhol Fernando Savater, em seu ótimo livro As perguntas da vida, escreve:

   "Filosofamos partindo do que sabemos para o que não sabemos [...]; em muitas ocasiões filosofamos contra o que sabemos, ou melhor, repensando e questionando o que acreditávamos já saber. [...] quem não for capaz de viver na incerteza fará bem em nunca se pôr a pensar".

   Savater registra que a ousadia de perguntar tem que acompanhar a coragem de permanecer numa constante incerteza a respeito de algumas coisas. Entretanto, há talvez necessidade de uma coragem ainda maior: saber algo que não agrada ou que vai contra as próprias convicções.
   A saída para quem não tem essa coragem é não se pôr a pensar.
   Eu tenho uma pessoa conhecida que é casada com uma outra, a qual é cristã. Essa primeira pessoa, minha conhecida, é muito investigadora, e está sempre a pensar sobre o mundo. Um dia, inquiriu à outra o que ela pensava sobre um ponto específico da sua religião. A pessoa perguntada respondeu tranquilamente: "Eu não quero pensar, pois tenho medo de descobrir que nada do que acredito é verdadeiro!".
   Bem honesta, essa pessoa. Mas será que dá realmente para desligar o botão investigativo? Particularmente, acho que eu não conseguiria. Aliás, foi bem assim que fui deixando o Cristianismo e mesmo o Budismo, isto é, pondo-me a pensar sobre aquelas crenças que deveriam ser também as minhas.