sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Mary Whiton Calkins


   O mês de março, em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, ainda não começou. Contudo, já iniciarei minhas homenagens a essas nossas companheiras de humanidade. E isso será feito através da senhora que dá título ao post. 
    A americana Mary Whiton Calkins (1863-1930) começou seus estudos em casa. Concluída a educação formal na high school, ingressou na universidade - a Smith College -, graduando-se em 1884, com ênfase nos clássicos e em Filosofia. Conseguiu ser tutora no Departamento de Grego de Wellesley College - uma universidade só para mulheres. Um dos professores do Departamento de Filosofia, percebendo a qualidade de Mary como professora, convidou-a para lecionar a disciplina de Psicologia, que era nova em seu departamento. Ela aceitou, com a condição de que pudesse cursar Psicologia por um ano. Analisou os programas das universidades de Michigan, Yale, Clark e Harvard - escolhendo esta última instituição. Contudo, inicialmente, Harvard não a aceitou, visto que não admitia mulheres em seus cursos. Depois de insistência de seu pai e de carta de Wellesley College, ela pôde ingressar, mas não como estudante regular - embora tivesse acesso a palestras. Ela decidiu, então, assistir às aulas no Harvard Annex - precursora da Radcliffe College -, onde ensinava Josiah Royce. Royce e, ninguém menos que, William James - que dava aulas em Harvard - pressionaram o reitor da universidade, que acabou cedendo. Mas, ainda que pudesse assistir às aulas, junto aos homens, não lhe foi dado o direito de ser uma "estudante registrada".
    Em 1891, Mary Calkins retornou ao Wellesley College como instrutora de Psicologia, no Departamento de Filosofia - conforme proposto inicialmente -, e começou a planejar completar sua formação em Psicologia. Acabou estudando com Hugo Münsterberg, que viera de Freiburg para Harvard, e tendo vários artigos publicados.
   Um dos estudos orientados por Münsterberg constituiu sua tese de doutorado. Harvard, contudo, negou-lhe o doutoramento, ainda que todos os seus professores tivessem recomendado a concessão. William James descreveu sua performance como "o exame mais brilhante para o Ph.D que nós já tivemos em Harvard".
   Em 1895, retornou a Wellesley como professora associada de Psicologia. Dois anos depois, tornou-se professora de Psicologia e Filosofia.
   Entre as inúmeras conquistas de Mary, talvez a mais relevante seja o fato de ela ter sido eleita presidente da American Psychological Association, em 1905, e da American Philosophical Association, em 1918 - a primeira mulher a obter esta posição em ambas as instituições.
   Acho que minhas homenagens às mulheres começaram bem.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Martin Miller


   Martin Miller é um guitarrista alemão. Sinceramente, não o conheço por suas músicas autorais. Na verdade, fiquei impressionado com suas apresentações como cover, no YouTube. Ele faz seleções de músicas que chama de "The ultimate ... medley", onde os "..." fazem referência ao grupo escolhido. E, aí, temos Pink Floyd, Queen, Police, Genesis, etc. 
   Adorei ao que assisti. Há uma banda bem competente que o acompanha nas execuções.
   Para quem se interessar...
   Esse é do Pink Floyd.

Lázaro


  Para a Igreja Católica, Lázaro, nascido em Betânia, é um santo. Viveu na mesma época que Jesus. Sua estória com o Messias aparece na Bíblia, no Evangelho de João. Após quatro dias de sepultado, Jesus traz à vida novamente Lázaro.
   Ocorre que o mesmo Jesus, desta vez, de acordo com o Evangelho de Lucas, usa uma parábola tratando de um homem rico e de um mendigo. O nome deste último é Lázaro - nada tendo a ver com o santo mencionado acima. Seu corpo seria coberto de feridas, por conta da lepra.
   O nome Lázaro, referindo-se a este último, foi utilizado para gerar a palavra portuguesa "lazarento", adjetivo que tem o significado de "leproso", mas que, em sentido figurado, diz respeito à alguém repulsivo e insuportável - ainda que não apenas pelo seu aspecto físico, mas também por conta de seu mau comportamento.
   O mesmo nome acabou produzindo, desta vez em italiano, a palavra "lazzarone", que significa "vagabundo, vadio"... e tem por plural "lazzaroni".
   Foi justamente esse plural que me chamou atenção... afinal, virou um sobrenome. E, aqui no Brasil, por exemplo, tivemos o técnico Sebastião Lazaroni (com um "z" apenas). Que "escolha" meio ruim para um sobrenome.
   Mas... vida que segue...