Ontem, após um período de "desencontros", consegui rever os amigos Silvério e Faiga, lá no Occhio Café.
O Notas Filosóficas deste mês teve o show do Pink Floyd - além daquele a que sempre assistimos, do próprio Silvério -, mas o "solista" mesmo foi Sócrates, o velho "moscardo" de Atenas.
A preocupação do Silvério com a reflexão filosófica constante, acaba "contaminando" todos os seus espectadores, que participam vivamente das discussões. E, dessa vez, acho que ele escolheu dois companheiros de peso para ajudá-lo: Sócrates e Roger Waters.
Sócrates, com suas perguntas "afiadas", obriga-nos sempre a questionar as "certezas absolutas", tão comuns entre os "sábios" de todas as épocas.
Waters, um Sócrates moderno, criticando a "standartirzação" dos jovens, através da "educação" - "educação", aqui, só entre aspas mesmo! -, também nos obriga a pensar em que paideia queremos, nem tanto para nós, mas principalmente para aqueles que estarão por aí no futuro.
Portanto, em termos de formação de uma geração consciente, e por isso crítica, os dois estão "afinados" - e olhem que Sócrates só fez música pouco antes de morrer! Rsss.
Na verdade, o trio - Sócrates, Waters e Silvério - é que foi bastante harmonioso.
Mais uma vez, só tenho a agradecer ter podido participar de outro grande evento. Agradecer, mas também parabenizar Silvério e Faiga, pelo megashow.
Se me permitirem um comentário construtivo, gostaria apenas de ver o Silvério "salvar" os sofistas. Eles acabaram, nesse embate com o Sócrates platônico - e há outro? Rsss -, ficando meio "prejudicados". E o próprio Silvério, no contraponto com Platão, seguiu os "manuais", deixando a turma do Protágoras meio mal.