É interessante perceber como os três termos citados guardam diferenças, apesar de sua raiz comum, referente à liberdade do indivíduo.
Há que se ressaltar ainda que, em determinados países, alguns dos termos têm significados diversos daqueles que vemos em outros.
Comecemos pelo que parece dar origem a tudo: liberalismo.
"Liberalismo" é um conceito que expressa, em princípio, uma doutrina política da Modernidade, trabalhando com a ideia da defesa da liberdade do indivíduo, em relação aos possíveis abusos de poder cometidos pelo Estado. Este seria o chamado "liberalismo clássico", que tem como formalizadores do conceito os filósofos britânicos John Locke e Thomas Hobbes.
Locke advogava a ideia de que o Estado deveria ter uma ingerência mínima sobre a vida individual. O papel das instituições governamentais seria apenas o de garantir ao indivíduo sua vida, sua segurança e suas propriedades. Tudo seria regulamentado, a fim de que não houvesse "invasão" do Estado nos assuntos privados.
Esse ponto de vista político-social, digamos assim, de Locke, teve sua contrapartida econômica, no pensamento de outro britânico, o filósofo e economista Adam Smith. Para este, o indivíduo deveria ficar livre para buscar seus próprios interesses pessoais, pois, desta forma, toda a sociedade viria a se beneficiar. O envolvimento do Estado na economia seria mínimo, já que o "mercado" se autorregularia.
Assim, não sem um bom motivo, a ideia de "liberalismo político" ficou associada ao "liberalismo econômico"... e liberdades individuais começaram a ter um significado também de operação de um mercado livre.
Depois continuo...