terça-feira, 30 de maio de 2017

Every time I find the meaning of life, they change it


   O título do post se refere à frase de Reinhold Niebuhr, como eu apresentei no post anterior. Mas... agora, diz respeito ao nome de um livro escrito por Daniel Klein, aquele mesmo de quem já tratei falando sobre Viagens com Epicuro.
   O livro parece seguir a mesma linha bem humorada do autor, agora tratando, como indica o subtítulo, da "wisdom of the great philosophers on how to live".
    Vamos ver no que dá...

Reinhold Niebuhr


   Desculpando-me da minha ignorância, reconheço que nunca tinha ouvido falar no teólogo americano que dá título a este post. 
  Karl Paul Reinhold Niebuhr (1892-1971) foi um teólogo americano, estudioso de ética e comentarista de política. Seus dois livros mais famosos são Moral man and immoral society e The nature and destiny of man. 
   Tirei estas brevíssimas informações da Wikipedia - em inglês, já que em português praticamente não há nada sobre ele. Mas vale à pena uma leitura mais completa. Será conhecida, por exemplo, a opinião do historiador Arthur Schlesinger Jr. de que Niebuhr foi "o mais influente teólogo americano do século XX". 
   Mas o que me atraiu mais foram algumas frases de Reinhold Niebuhr, como, por exemplo:

- The whole art of politics consists in directing rationally the irrationalities of men

- Man's capacity for justice makes democracy possible; but man's inclination to injustice makes democracy necessary

- Every time I find the meaning of life, the change it

   Sobre esta última, em tom mais jocoso, ainda haverá muito o que dizer...

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Teoria Crítica


   Um livro que vale à pena ser lido, principalmente pela objetividade do mesmo, o que facilita uma primeira aproximação em relação a qualquer assunto, é Teoria Crítica, de Marcos Nobre, da Coleção Filosofia - Passo a passo, publicado pela Zahar.
   Uma das primeiras coisas destacadas pelo autor é que "essa expressão [teoria crítica] [...] surgiu pela primeira vez como conceito em um texto de Max Horkheimer (1895-1973) de nome Teoria Tradicional e Teoria Crítica, de 1937".
   O texto de Horkheimer foi publicado na revista oficial do Instituto de Pesquisa Social, um órgão cujo objetivo era promovoa, em âmbito universitário, investigações científicas a partir da obra de Karl Marx (1818-1883), com pesquisadores de diferentes especialidades - economia, ciência política, direito, crítica da cultura, filosofia, psicologia e psicanálise.
   A Teoria Crítica é usualmente associada à chamada Escola de Frankfurt, embora haja algumas considerações a serem feitas no que concerne a esta relação. Mas depois falo mais disso...

Representantes de quem? (2)


   Só para aguçar a curiosidade dos possíveis leitores do livro de Jairo Nicolau, vou revelar algo escrito logo no primeiro parágrafo do capítulo um. 
   Lá vai:
   Logo após as eleições de 2010, um motorista de táxi paulistano [...] depois de mostrar seu desapontamento com o fato de mais de um milhão de pessoas (foram 1.353.820) terem votado no palhaço Tiririca (PR) [...] passou à indignação porque essa impressionante quantidade de votos ajudou a eleger um candidato do PCdoB (delegado Protógenes) e outro do PT (Vanderlei Siraque). Poucos eleitores de Tiririca deviam saber [...] [que] ao votar no palhaço, eles tinham ajudado a eleger um candidato petista. Já outros eleitores, ao votarem na legenda do PT, tiveram seu voto contabilizado para uma aliança que incluía um partido de centro-direita.

    Obviamente, é conhecido o fato de as coligações serem algo que resulta em algumas situações curiosas, bem como de uma figura que "chama votos" carregar consigo outros eleitos que não correspondiam necessariamente à intenção do eleitor. Mas a citação do número de votos, das figuras e dos partidos envolvidos é algo que vale mencionar.
   Depois comento mais...

Zygmunt Bauman


   Eu comentei, em post recente, que minha mãe foi internada em 09 de janeiro de 2017. Nesta mesma data, o mundo perdia o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, aos 91 anos.
  O sociólogo é famoso, dentre outras coisas, por cunhar a expressão "modernidade líquida", rompendo com a ideia de pós-modernidade. Sua intenção é indicar que não há uma superação da modernidade, mas sim uma aceleração da velocidade das mudanças no que se refere ao período moderno.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Representantes de quem?


   O título do post é o mesmo de um livro de autoria do cientista político Jairo Nicolau.
   Trata-se de um livro com quase 170 páginas muito bem escritas. É claro e cheio de informações interessantes. Mesmo assuntos teóricos conhecidos ganham colorido especial com sua aplicação a casos concretos.
   Na contracapa do livro está registrado que ele "foi escrito para ser lido e entendido por quem não tem conhecimento técnico, mas se espanta e quer compreender melhor diferentes aspectos do quebra-cabeça da representação política no Brasil. Um livro indispensável, que esclarece, informa e colabora para termos cidadãos mais conscientes e uma política mais responsável".
   Depois escrevo mais...

Desenvolvimento


   Há muito ouvimos que o Brasil é um país "em desenvolvimento". Pode ser... Mas seria melhor entender exatamente o conceito de "desenvolvimento", antes de afirmar que estamos nos direcionando para ele.
   A revista Sociologia, na sua edição nº 68, trata desse assunto em sua matéria de capa, com autoria de Laura Rezende Fuser.
   Lá consta o seguinte:
   "Durante o intenso debate desenvolvimentista que ocorreu após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, o crescimento econômico foi amplamente entendido como sinônimo de desenvolvimento".
   Ainda hoje, parece haver uma inequívoca interrelação entre "crescimento econômico" e "desenvolvimento". Se essa não é uma leitura completamente enganada, também não o é livre de questionamentos. 
   Vale refletir sobre outro trecho:
   "Em 1970, o economista britânico Dudley Seers [...] apontava para o caráter normativo do conceito de desenvolvimento, relacionando-o às condições necessárias para a realização do potencial humano, como a alimentação, o emprego, a igualdade e a equidade".
   A ONU, por exemplo, define cinco dimensões para o conceito de "desenvolvimento": paz, economia, ambiente, sociedade e democracia.
   Uma última observação interessante diz respeito ao desenvolvimento social ter relação com mudanças estruturais. Vejamos:
    "Nesses sentidos, ações estritamente focadas no aumento da renda se enquadrariam no conceito de crescimento econômico; já políticas voltadas à promoção de mudanças estruturais (como educacionais, culturais, de acesso a direitos, e inclusão social no mercado) estariam mais relacionados ao conceito de desenvolvimento". Assim, "ações [de políticas públicas] que visam a uma melhor distribuição de renda devem prever mais mudanças estruturais do que o simples aumento da renda, na medida em que a distribuição está mais propensa a se alterar quando a estrutura básica da economia passa por reformas".
    
  

Aécio Neves, que isso?!?!


   O senador Aécio Neves terá que enfrentar, no momento adequado, o julgamento de seus atos por um membro do Judiciário - sem falar na possível avaliação dos seus próprios pares. Contudo, o juízo sobre a educação do ex-governador do Estado de Minas Gerais já foi concluído: o nobre político é muito "boca suja", em que pesem os áudios divulgados contendo sua conversa com o empresário Joesley Batista.
   Aécio, em poucos segundos, despeja palavrões "cabeludos" em nossos ouvidos. Eita... trem ruim! Rssss

Brasil...


   O momento que vivemos em nosso país é muito delicado - disso, acho que ninguém duvida. Independente das verdades, ou inverdades, que circulam, o embate das forças políticas nacionais está promovendo instabilidade econômica e social. Esse certamente será um tema que frequentará este blog. Por enquanto, queria apenas registrar uma frase citada pelo procurador-geral Rodrigo Janot, de autoria do ex-governador da Bahia Octávio Mangabeira:

"Quanto mais lamentável for a situação do país, mais estaremos no dever de não perder a fé no seu destino".

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Feliz 2017!!!!


   É costume, no Brasil, dizer que o ano só começa após o carnaval. Mas eu não precisava esperar tanto tempo assim, não é? Rsss
   Fato é que esse ano ainda não começou direito para mim. Após um susto no final de 2016, minha mãe foi internada em 09 de janeiro de 2017, e, desde então, praticamente tem estado nesta condição. Só saiu durante um pequeno período, em fevereiro.
   Com a cabeça voltada para a recuperação dela, tem sobrado menos tempo para ler e registrar algumas ideias. 
   Mas eu acho que já é tempo de voltar à diversão. 
   Então... Feliz 2017!!!