quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Um assunto leva a outro

   Como eu registrei no último post, vinha trabalhando a Metafísica de Aristóteles em oposição às percepções de Tomás de Aquino, em seu opúsculo A natureza da matéria.
  Acabei me defrontando com questões cosmológicas e... acabei encontrando um pequeno livro chamado Filhos do céu - entre vazio, luz e matéria, publicado pela Bertrand Brasil, que corresponde a um diálogo entre o astrofísico Michel Cassé e o pensador "polivalente" Edgar Morin.
  Depois de conversarem sobre temas altamente interessantes, caem numa parte intitulada "Quando a matéria fala", onde falam sobre o campo de pesquisa de Cassé, a antimatéria. E quem é convidado a dar uma contribuição, ainda que involuntária? Quem respondeu "Spinoza" acertou.
  Diz Morin: "... a matéria e o átomo, que pareciam ser seu [do universo] substrato fundamental, representam apenas uma pequena [...] parte dele. [...] Eu diria que em proveito de um fisicismo real, ou seja, de um mundo concebido fisicamente, segundo os gregos denominavam physis, o que faz nascer, algo não redutível nem à matéria nem à energia, esse algo do qual surge a criação, ou melhor, as sucessivas criações. Com isso, não retornamos à intuição de Spinoza? Ao rejeitar a ideia de um Deus exterior ao mundo, que o teria criado como se cria uma máquina ou um produto, e considerar que esse Deus não existe, Spinoza inscreve a força criadora no interior do universo".
  Vejam, não sou eu quem persigo Spinoza... é ele que me persegue! O homem aparece em minhas leituras até de Cosmologia!!! Rsss.

3 comentários:

Prof. Guilherme Fauque disse...

E é bom o livro? Estou curioso para ler este livro também...

Vou adquirir ;)

Ricardo disse...

Amigo Guilherme:
Ainda não acabei, mas já posso opinar: o livro é ótimo. Vale a pena, realmente, ser lido.
Abração.

Prof. Guilherme Fauque disse...

Comprei... junto com um livro do Espinosa lançado pela Madras.

Valeu pela dica Ricardo!