quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Como ganhar votos

  O padre francês Bernard Lamy (1640-1715) foi professor de Retórica, até ser afastado por sua defesa do cartesianismo. Entre suas lições sobre a arte de falar, consta uma que parece estar sendo utilizada por alguns políticos nesses tempos de eleições.
  "Para convencer o povo de que se diz a verdade, basta falar com mais ousadia do que seu adversário; basta gritar mais alto e dizer-lhe mais injúrias do que ele diz, queixar-se dele com mais aspereza, afirmar tudo o que se adianta como oráculos, zombar de suas razões como se elas fossem ridículas, chorar, se for preciso, como se a verdade que se estivesse defendendo provocasse uma verdadeira dor quando atacada e obscurecida. Aí estão as aparências da verdade. O povo só vê essas aparências, e são elas que convencem".
  Será que os marqueteiros andaram folheando o livro do padre?

4 comentários:

Prof. Guilherme Fauque disse...

Olá Ricardo

Como vai? Eu tinha o teu e-mail e acabei perdendo numa formatação que fiz...

Estou com uma dúvida em relação a Espinosa e pensei que talvez você pudesse me ajudar a pensar - rsrsrsrsrs

Escrevi no orkut, mas acabei não recebendo muitas respostas...

http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=63466&tid=5517832935731603740&na=4

Está nesse endereço aí... se puder, deixa tua opinião lá para discutirmos...

TIA DENISE PARA OS ÍNTIMOS disse...

Interessante a abordagem que fez sobre as eleições.
Fico "pasma" em ver pessoas gritando alto nomes de candidatos que vão votar, defendendo-os com tanta vivacidade, como se fossem íntimos!
A política está corrompida, disso ninguem tem dúvida, mas triste mesmo é pensar: Até quanto suportaremos ????

Ricardo disse...

Amigo Guilherme:
Respondo aqui por mera formalidade, visto que já iniciei minhas considerações - mais metafísicas - em relação ao tema posto. Pretendo avançar, em breve, para a questão mais ligada aos modos finitos - que somos nós -, a respeito dos quais você faz suas ponderações.
Espero que já tenha lido lá.
Abração.

Ricardo disse...

Cara colega Denise:
Eu não sei, exatamente, se deveríamos "suportar". Em alguma medida, temos que continuar "tentando" modificar as coisas... embora eu também esteja meio incrédulo sobre a possibilidade efetiva dessas mudanças.
O problema, entretanto, parece-me muito ligado à falta de uma reforma política que necessariamente passa pelas mãos daqueles que menos tem interesse em mudar o status quo... que são os políticos "profissionais".
Mas... veja o próximo post.