terça-feira, 26 de agosto de 2014

Eleições presidenciais


   Como é que a trágica morte do candidato Eduardo Campos mexeu com as intenções de voto, hein!
   A Dilma, com confortáveis 40%; Aécio com 20% e Campos, 10% - de modo aproximado -, era o cenário nas primeiras pesquisas, antes do falecimento do candidato do PSB. Agora, o Ibope apresenta: Dilma com 34%, Marina com 29% e Aécio com 19%.
   Minha observação não tem a ver com um juízo de valor sobre os candidatos envolvidos na eleição, mas com a falta de compreensão generalizada de que se deve votar em um programa de partido, e não em pessoas. É certo que essa minha crítica vale para os próprios partidos, que acolhem qualquer nome que lhes garanta votos. Lembro que o sistema atual concede os votos dos eleitores para os partidos - tanto assim que os votos de um Tiririca, por exemplo, acabam por garantir a eleição de outro companheiro de partido.
   A questão, portanto, não é dizer que o brasileiro não vota certo porque escolhe nomes errados, mas é indicar a mesma coisa, sob a justificativa de que não entendemos que nossos votos são dados - ou deveriam ser - primeiramente para o programa do partido. Dentro daqueles votos entregues ao partido, veem-se os candidatos que foram mais lembrados pelos eleitores, e estes são os que representarão o povo, de acordo com o coeficiente eleitoral e o número de vagas conquistadas pelo tal partido.
   Precisamos começar a nos preocupar com os partidos, avaliando se são apenas legendas de aluguel. Aí, sim, poderemos começar a escolher melhor - seja qual for o nome, dentro daquele compromisso com a ideologia do partido em questão, que pensarmos ser o melhor.
   Ainda que isto seja um tanto quanto utópico, acho que vale à pena insistir nessa ideia.

6 comentários:

mundy disse...

Fico perplexo como o quadro político no Brasil permanece no atraso, estamos sem opções para a eleição presidencial e até para governadores , deputados federais e estaduais, senadores, onde poderemos ter Romário no Senado Federal, estou perdendo a esperança que um dia já tive de que este País tenha jeito, a consciencia do nosso povo precisa vir da educação, mas a educação é viciada pelos que dominam o poder e isso me preocupa, pois poucos conseguem enxergar isso e tentamde fato mudar algo, Marina Silva ter como apoiadores de campanha pessoas de alto poder aquisistivo não me preocupa, o que me causa preocupação são os interesses que possam estar envolvidos por trás deste apoio, simplesmente tento enxergar uma saída para exercer o meu direito ao voto sem fazer uso do voto nulo, para mim isso não acrescenta nada, ao cont´rio favorece quem está na frente nas pesquisas , bem a eleição está ficando próxima e eu estou ficando num dilema o que fazer, espero que minha consciencia me indique o melhor a se fazer dentro do que eu acredito.

Ricardo disse...

Querido amigo:
Também fico perplexo com a Política no Brasil. Os candidatos aos quadros eletivos são realmente de um nível que nos deixa preocupados com o futuro do nosso país. Quando falo em "nível", quero dizer tanto o moral quanto o de preparo para ocupar os cargos. Você citou o Romário. Concordo plenamente com você. Como pode uma pessoa com tão pequena participação no processo político brasileiro tentar ser senador? Este cargo, no que se refere ao Poder Legislativo, em tese, é o que requer mais preparo. Não dá para ser alguém como ele, com todo o respeito que merece de mim como jogador. Mesmo como político, acho que pode ser vereador ou, no máximo, deputado estadual. Mas...
Eu, particularmente, tenho candidatos que julgo bons para senador, deputado estadual e federal, mas governador... Xiiii. Quanto à Presidência, sou só "contra" um determinado candidato, portanto, voto em quem puder derrotá-lo... uma espécie de "voto útil", obviamente, segundo a minha convicção política quanto a esta "utilidade".
Continuemos esperando que uma Reforma Política inteligente ocorra, a fim de melhorar as coisas.
Grande abraço.

mundy disse...

Sou de uma época que o primeiro voto dava se aos 18 anos e nao aos 16 como agora, minha primeira eleição portanto se deu após a abertura politica do Brasil, sou bom de datas, mas nessa minha memória está me traindo , acredito que minha primeira eleição foi em 82 ou 84, e caro amigo desde aquela época espero uma reforma politica nesse País, caso Ulisses , ACM , Nelson Carneiro e outros que não me recordo e nem vou citar pois não cabe aqui, fossem vivos estariam por aí amealhando votos mesmo naõ se aguentando em Pé, devido as idades avançadas que teriam, vide no Rio onde temos o Gerson Bergher que não tem nem mais força para proferir as palavras no horario eleitoral gratuito e está la tentando uma vaga de deputado, rapaz eu tinha esperança que com a chegada de certo partido ao Poder que a coisa fosse mudar, mas o que vi é que os outroras perseguidos no passado, usam das mesmas praticas dos que os perseguiam e eles condenavam, a corrupção neste País em todos os níveis continua presente quem ve o programa eleitoral e ouve as propostas e o que eles dizem que fazem diametralmente oposto ao discurso apresentado eu vejo o programa de governo e a defesa da continuaçao dos que estão no Poderr num discurso de que a saúde é uma beleza, que a educação é acessivel, que emprego está mole, o que na pratica nao vivencio, a saúde pública sucateada , a educaçao publica sucateada , e a privada face a percepção que o Poder público não investe se tornando comoda e cobrando caro por um serviço de quinta, vejo pessoas da nossa época que não tem o segundo grau completo que usam a Lingua Portuguesa para escrever em melhor nível do que muito "Doutor" formado hoje em dia,, com graduação,pós, MBA,mestrado e doutorado, outro dia recebi email de pessoa próxima que está para entrar em MBA numa entidade federal , escrevendo jeito com "g" e fossa com "ç", então amigo, enquanto o Poder dominante tiver como único objetivo dizer que o País está crescendo porque tem Bolsa família, bolsa aquilo, bolsa isso , que vai criando uma geração de pessoas que não desejam mais trabalhar e sim viver de auxílio social e que nas escolas hoje se aprende apenas o que o Poder dominante quer passar , vai ficar difícil de acreditar que este País tem solução.

mundy disse...

Eu mesmo no meu discurso aqui cometi erros com a língua portuguesa aos montes, esqueci de acentuar algumas palavras, pus vírgula onde não era para por , não pus onde devia por ,e por aí vai, mas eu pelo menos ao reler meu texto reconheci meus erros , não os corrigi, pois tenho o péssimo hábito de escrever e mandar a mensagem sem revisar, mas pelo menos reli depois e sei onde errei, pior é ler um email com jeito escrito "geito" e fossa escrito "foça" e a pessoas lá do outro lado acredita que o jeito serto (certo,rss) de escrever é aquele , pois o Professor formado na Faculdade da esquina ensinou assim lá no passado.

Ricardo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ricardo disse...


Sem educação, não há solução! E incluo todos os tipos de educação, não apenas a formal - dos livros -, mas também aquela que diz respeito à nossa formação como cidadãos e homens de bem. Estão faltando os dois tipos, aqui no nosso Brasilzão.
Sobre os políticos, você tem plena razão: os "velhinhos" não querem largar o osso de jeito nenhum. E mais... ainda colocam mulheres e filhos para usufruir do poder, junto com eles. O caso do Gerson Bergher que você citou, de modo muito pertinente, é um desses, já que a esposa dele está na política também. A coisa é tão engraçada que há uma política que tem um filho que se aventurou na busca de votos. Como ele não pode usar o nome "Fulana" Júnior ou "Fulana" Filho, o que ele fez? Colocou o nome político como Júnior da "Fulana". Rsss.
Sobre o tal partido do qual você falou, tive uma surpresa muito desagradável esses dias. Vi uma pessoa muitíssimo inteligente dizer que esse modo de fazer política do tal partido - com acordos "esquisitos" e dinheiro transitando de forma não declarada - não o surpreendia, pois, na prática, só se governa assim. Ou seja, é uma declaração clara de que não adianta mudar de partidos no poder, pois todos teriam que usar a mesma "cartilha". Assim não dá! Se eu tiver que acreditar nisso, vou anular todos os votos da minha vida.