sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Um e-mail importante

   Recebi um e-mail importante de um amigo, que diz respeito a uma biblioteca virtual disponibilizada pelo governo federal, mas que corre o risco de ser desabilitada por falta de acesso.
   Vejam o e-mail... e, se puderem, deem uma entradinha para conferir!

   "Uma bela biblioteca digital, desenvolvida em software livre, mas que está prestes a ser desativada por falta de acessos.
Imaginem um lugar onde você pode gratuitamente:
· Ver as grandes pinturas de Leonardo Da Vinci;
· escutar músicas em MP3 de alta qualidade;
· Ler obras de Machado de Assis  Ou a Divina Comédia;
· ter acesso às melhores historinhas infantis e vídeos da TV ESCOLA
· e muito mais...
Esse lugar existe!
 
O Ministério da Educação disponibiliza tudo isso, basta acessar o site:

www.dominiopublico.gov.br

Só de literatura portuguesa são 732obras!
Estamos em vias de perder tudo isso, pois vão desativar o projeto por desuso, já que o número de acesso é muito pequeno. Vamos tentar reverter esta situação, divulgando e incentivando amigos, parentes e conhecidos, a utilizarem essa fantástica ferramenta de disseminação da cultura e do gosto pela leitura."


quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Somos setenta!

   Agradeço ao Thiago por sua visita e sua permanência entre os "amigos dos amigos".
   Da mesma maneira que ele oferece seu blog para participação de todos, abro nosso espaço ao amigo, a fim de que ele possa também registrar seus pensamentos por aqui.
   Seja bem vindo, Thiago.

Mal de Alzheimer

   A maioria dos amigos provavelmente conhece a doença que leva o nome daquele que primeiro a descreveu, o Dr. Alois Alzheimer, em 1906. Lá se vão mais de cem anos, e até hoje esta doença degenerativa permanece incurável.
   A doença se caracteriza pela perda dos neurônios, em várias partes do cérebro. Normalmente, essa perda se inicia na região frontal - responsável pela memória, emoção e pensamento - rumo às áreas posteriores - responsável pelo reconhecimento, julgamento, entre outras coisas. Os efeitos são, inicialmente, as dificuldades com recordação, passando por aquelas com a linguagem e as emoções, e, por último, afetando o comportamento social.
   Dados da revista "Mente e cérebro" especial, da série "Doenças do cérebro", volume 1, "Parkinson e Alzheimer", informam que "sem nenhum tratamento, ao final de dois anos, o cérebro é praticamente engolido pela doença".
   Outro trecho da revista explica que "o temor de adquirir a doença de Alzheimer origina-se nem tanto da dor física e do sofrimento antecipados, mas da perda inexorável de LEMBRANÇAS de uma vida inteira, que são A BASE DA IDENTIDADE INDIVIDUAL." [grifo meu]
    Aqui, entramos num assunto que pertence à Filosofia, mais precisamente, hoje, à Filosofia da Mente, qual seja, a identidade individual.
    Primeiramente, vemos que é impossível dissociar corpo e mente. Quando a parte material "falha", ela leva de roldão a parte imaterial. Indico que "parte", pelo menos nessa primeira reflexão, é uma concessão ao senso comum, imaginando-se a partição real e ontológica entre algo material e algo imaterial - o que, posteriormente, poderemos vir a desconsiderar.
    A segunda observação - ainda que polêmica - diz respeito à possível "essência" da individualidade. Na minha opinião, ela diz respeito fundamentalmente às memórias pessoais. Há que se reconhecer, mesmo assim, que o "substrato" biológico é também imprescindível para caracterizar essa individualidade; afinal, no mínimo, é ele que dá suporte a essas mesmas memórias.
   Mas aí ficamos com a parte "inconsciente"... Como embuti-la nesse "mix" que é a individualidade?
   Pensemos juntos...

"As pessoas gostam de ser enganadas"

   O título do post corresponde a uma das afirmações da entrevista do psicólogo e escritor americano Michael Shermer, de 57 anos, diretor da Sociedade Cética e da revista "Skeptic", publicada em uma das últimas edições da revista "Época". No Brasil, recentemente foi publicado seu livro "Por que as pessoas acreditam em coisas estranhas".
   Isoladamente, a frase apresentada fica muito "forte". Entretanto, contextualizada, embora ainda severa, a afirmação fica mais "palatável". A pergunta feita é "Por que as pessoas insistem em acreditar que essas alegações [feitas pelos 'médiuns' em geral] são verdadeiras?". Shermer responde: "Basta aos médiuns, curandeiros e pais de sento dizer que têm visões e preveem o futuro para que as pessoas acreditem. Faz parte da natureza humana. Não evoluímos para duvidar ou questionar. Desenvolver um senso crítico e uma visão própria de mundo exige educação, reflexão e tempo. Crer é muito mais fácil. As pessoas preferem ser enganadas".
   Vê-se, portanto, que esse "preferem" implica não só uma vontade consciente, mas principalmente um certo despreparo para o questionar, e uma concessão à comodidade.
   Uma outra afirmação que mostra o bom senso do autor é "Embora seja possível que algumas alegações de eventos paranormais, mediúnicos ou ufológicos possam ser verdadeiras, a verdade é que a maior parte delas é falsa". É verdade que ele arremata a frase com "..., e o mais provável é que todas não passem de pura farsa". Ainda nesse fecho, ele apresenta a prudência de falar em "o mais provável".
   No "Ensaio sobre os milagres", Hume apresenta uma ideia relativamente semelhante a esta de que tendemos a nos enganar, por nossa própria natureza, quando diz: "A máxima que nos guia habitualmente é a de que os objetos de que não temos qualquer experiência se assemelham àqueles de que temos experiência; a de que aquilo que concluímos ser o mais habitual é sempre o mais provável, e a de que onde há oposição de argumentos, devemos dar preferência aos que se baseiam no maior número de observações anteriores. Mas, se bem que, ao procedermos de acordo com esta regra, facilmente rejeitemos um fato desusado e inacreditável num grau ordinário, não obstante, quando aquele vai mais longe, o espírito nem sempre respeita a mesma regra; quando se afirma um acontecimento extremamente absurdo ou milagroso, o espírito mais facilmente admite semelhante fato, devido a essa mesma circunstância que deveria destruir toda a autoridade. A paixão da surpresa e da admiração, que provém dos milagres, é uma emoção agradável; dá-nos igualmente uma TENDÊNCIA perceptível PARA ACREDITAR nos acontecimentos de que procede." [grifo meu] E, em outra parte do texto, indica que "O que dissemos a propósito dos milagres pode aplicar-se sem alterações às profecias".
   

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Por que a Estética de Hume?

   Pode parecer estranha a minha "fixação" na Estética humeana. Afinal, alguém poderia ponderar que são poucos os ensaios do escocês  que tratam do assunto. Desta feita, por que não falar de Kant ou de Hegel, que são mais "produtivos" em relação a esta questão?
   Eu responderia, inicialmente, que não tenho tanta intimidade com a Estética quanto precisaria, faltando-me elementos mais específicos sobre esses dois "monstros sagrados" citados - o que pretendo corrigir, ainda. Além disso, Hume escreve de maneira bem menos "intrincada" do que os dois alemães, o que facilita sobremaneira o entendimento.
   Mas a melhor resposta seria, talvez, porque, no fundo, o meu maior interesse esteja na moral de Hume, e sua Estética, em alguma medida, guarda ecos daquela outra área de estudo.
    Antes, entretanto, de falar sobre a perspectiva moral de Hume, seria interessante explicar que o escocês não trata "bem" e "mal" como realidades em si, o que se aproxima - guardadas todas as outras diferenças imagináveis - com nosso querido Spinoza. Há ainda outra semelhança - esta, mais sutil, em função da terminologia adotada pelos dois filósofos: para Hume, a razão não tem poder de determinar a paixão. Em certa medida, é o que pensa Spinoza, mas seria melhor aproximar os dois utilizando termos mediadores como "o Entendimento não tem ação direta sobre os afetos". Mas, depois eu explico melhor essa parte. 
  Voltemos à moral humeana.
 Vejamos o que nos diz Hume, no seu Tratado da Natureza Humana, no Livro III, Parte 1 (Da virtude e do vício em geral), Seção 1 (As distinções morais não são derivadas da razão) [Excertos]:
    "Considerem uma ação reconhecida como viciosa: um assassínio premeditado, por exemplo. Examinem-na sob todos os aspectos e vejam se conseguem descobrir essa questão de facto, essa existência real a que chamam vício. [...] Não o [o vício] podemos descobrir até ao momento em que dirigimos a nossa reflexão para o nosso próprio coração e descobrimos um sentimento de desaprovação que em nós nasce a propósito dessa acção. [...] [O vício] Encontra-se em vós e não no objecto. De tal modo que, quando afirmam que uma acção ou uma pessoa são viciosas, querem simplesmente dizer que, sob o efeito da vossa constituição natural, experimentam, ao considerá-las, um SENTIMENTO de desaprovação. Pode, pois, comparar-se o vício e a virtude aos sons, às cores, ao calor e ao frio, que, segundo a filosofia moderna, não são qualidades dos objectos, mas percepções do espírito. [...] A MORAL É MAIS PROPRIAMENTE SENTIDA DO QUE JULGADA. [...] Ter o sentido da virtude nada mais é do que experimentar uma satisfação de um género particular face à contemplação de um carácter. É mesmo este sentimento que constitui o nosso elogio ou a nossa admiração. Não vamos mais longe; não buscamos a causa dessa satisfação. Não inferimos que um caráter é virtuoso por ele agradar; mas, ao sentirmos que agrada dessa forma particular, sentimos efectivamente que é virtuoso. É algo de IDÊNTICO AOS NOSSOS JUÍZOS ACERCA DE TODA ESPÉCIE DE BELEZAS, GOSTOS E SENSAÇÕES. A nossa aprovação está compreendida no prazer imediato que estes nos fornecem". [grifos meus]
   Pode-se perceber claramente que Hume rejeita virtudes e vícios ontologicamente dados. Eles só existem na nossa relação com os atos nomeados como virtuosos ou viciosos. Hume faz essa consideração apelando à Filosofia Moderna - empirista, obviamente -, que aceita "propriedades DO objeto" apenas na sua relação com o espírito/mente. O escocês traça, então, um paralelo entre propriedades morais (vício e virtude), propriedades sensíveis (cor, som, calor) e propriedades estéticas (beleza ou feiura).
   Se não há um "padrão" moral - e estético -, o que efetivamente há? O que existe é um juízo a respeito do prazer ou desprazer que aquele "objeto" moral - ou estético - nos causa. Os que causam prazer são virtuosos - ou belos, no campo estético - e os que causam desprazer são viciosos - ou feios, esteticamente.
   O que pode haver é, a posteriori, o estabelecimento de que, a partir de uma natureza humana comum, estabelecer-se-ão, através de leis, os atos que nos causam prazer como corretos e virtuosos, e aqueles que nos causam desprazer como errados e viciosos. A partir dessa consideração de uma padronização da natureza humana é que será estabelecido o que é "médio" - e, portanto, "normal" - no homem, correspondendo ao que se espera nas relações intersubjetivas.
   
     

domingo, 22 de janeiro de 2012

Falando em livros...

   Tenho mais duas sugestões, embora não sejam exatamente de Filosofia.
   O primeiro é "Ascensão e queda do Comunismo", de Archie Brown, publicado pela Record, agora em 2011, e o outro é "Justiça - pensando alto sobre violência, crime e castigo", de Luiz Eduardo Soares, que saiu pela Editora Nova Fronteira, também em 2011.
   Embora não sejam "exatamente de Filosofia", como eu disse antes, não se pode ignorar que ambos têm uma dimensão filosófica muito grande.
   O primeiro começa narrando a ideia de "comunismo" em um sentido mais lato, e identifica, já nos primeiros cristãos, uma concepção de necessidade de comunhão da posse das coisas nas sociedades. Ou seja, deixando de lado os aspectos mais histórico-políticos do programa de ascensão comunista, há muitas reflexões sobre a ideia do "comunismo", sua materialização teórica com Marx e, depois, sua concretização prática com os seguidores deste.
   O outro, que poderia passar mais por um estudo sociológico, acaba nos fazendo lembrar algumas reflexões de Foucault. Há capítulos com títulos bastante interessantes como: "Definir 'crime' é bem mais complicado do que se pensa"; "Justiça não é sinônimo de punição" e "Por que e para que punir?".
   Depois, eu conto mais.

Sobre Hume

   Duas leituras bem leves e rápidas que podem ajudar bastante a conhecer um pouco mais sobre o filósofo escocês David Hume são: "Hume", de Anthony Quinton, da Coleção "Grandes Filósofos", publicado pela Editora Unesp, e "David Hume", de André Vergez, da Coleção "Biblioteca Básica de Filosofia", pela Edições 70.
   Curiosamente, o primeiro deles, que tem apenas 63 páginas, é escrito por Anthony Quinton, que, no livro "Os grandes filósofos", de Bryan Magee, publicado pela Editorial Presença, dialoga com o autor deste sobre Spinoza e Leibniz.
   O segundo nos brinda, além da análise de Vergez, com excertos dos textos do próprio Hume.
   Esses dois já estão lidos. Há, entretanto, outros dois com características diferentes, mas ambos parecem ser muito bons, ainda que só tenham sido "xeretados" por mim.
   O primeiro - que já seria o terceiro da lista - é "Ensaios Morais, Políticos e Literários", do próprio David Hume, publicado pela Editora Topbooks. O livro é dividido em três partes, cada uma contendo textos com títulos mais interessantes que outros. Há uma boa introdução à edição brasileira e, inclusive, uma breve autobiografia.
   O segundo deles - ou deveria ser quarto? - chama-se "O claro e o obscuro", de João Carlos Salles, publicado pela Casa de Palavras, em 1990. Dividido em duas partes, uma tratando da filosofia de Hume, ou seja, do Empirismo Moderno, e outra de Wittgenstein, isto é, do Empirismo Lógico, o livro traz algumas considerações interessantes, que espero em breve registrar por aqui.

Gosto não se discute... (2)

   Em 10 de dezembro do ano passado, postei "Gosto não se discute..." , que discorria rapidamente sobre a existência, ou não, de um padrão de gosto para avaliar obras de arte.
   O pano de fundo do post era a reflexão do filósofo escocês David Hume (1711-1776) sobre o tema "gosto".
   Escrito em 1757, o artigo "Do padrão do gosto" apresenta várias teses interessantes sobre a ideia de "gosto"... algumas, entretanto, para serem combatidas. 
   À época, havia duas correntes britânicas opostas. Para os "intuicionistas", como o irlandês Francis Hutcheson (1694-1746), a beleza, numa experiência estética, era revelada por uma faculdade mental singular, sendo ela, então, meramente subjetiva; enquanto, para os "analíticos", como o também irlandês Edmund Burke (1729-1797), a beleza era absolutamente objetiva, bastando identificar uma série de atributos que poderiam ser listado, a fim de descobri-la.
   Hume concorda com os "intuicionistas", inicialmente, de que existia uma faculdade interna que percebia a beleza, mas achava, um pouquinho ao modo dos "analíticos", que havia propriedades do objeto que precisavam estar dispostas de tal e tal modo a fim de que se pudesse reconhecê-lo como belo.
   A argumentação de Hume é muito interessante. Ele começa mostrando - aparentemente, alinhando-se entre os "intuicionistas" - que o senso comum parece concordar com a Filosofia - e essa seria uma das raras vezes em que isso aconteceria - no sentido de que "gosto não se discute". Para demonstrar isso, lança mão do exemplo de que, mesmo pessoas educadas sob os mesmos paradigmas culturais, mostram divergências quanto às suas preferências artísticas.
   A argumentação humeana continua, indicando que, por outro lado, ninguém deixa de reconhecer que Ogilby (um tradutor de pouco prestígio) e Milton (o célebre dramaturgo e poeta) são incomparáveis. 
   Chegaríamos, portanto, a um impasse: ainda que se reconheça que há, mesmo entre pessoas submetidas à mesma educação, gostos diferentes, existem determinados ícones artísticos que não deixam de ser reconhecidos pela esmagadora maioria.
    Hume sai em busca, então, de um "padrão de gosto". Mas, interessantemente, não se trata de submeter todos os juízos estéticos subjetivos a esse padrão, impondo as obras que se adequassem a ele como necessariamente apreciadas por todas. O que Hume buscava era a possibilidade de estabelecer juízos "universais" - ou, pelo menos, intersubjetivamente reconhecidos como válidos -, ainda que individualmente não provocasse um prazer estético. Ou seja, alguém poderia dizer: "Segundo o 'padrão do gosto' para Rock Progressivo, o Renaissance é uma ótima banda, embora eu só goste de Heavy Metal!".
   No final das contas, o que Hume descreverá serão as qualidades de uma espécie de "juiz" de manifestações artísticas. Hume indicará, então, primeiramente que quem se lança à observação de uma obra de arte deve fazê-lo com (i) serenidade de espírito; (ii) concentração do pensamento e (iii) atenção ao objeto. Mas esses princípios de observação - que lembram a "observação desinteressada" de Kant - não garantem, por si só, a qualidade da avaliação. É necessário mais para ser um bom "crítico de arte". Este deve (i) possuir delicadeza de sentimento - que é uma espécie de dom -; (ii) estudar a arte que pretende julgar e contemplar constantemente aquele tipo de beleza; (iii) comparar seguidamente graus de excelência daquele tipo de arte e (iv) não se deixar dominar pelo preconceito.
   Imaginando que possam existir esses "críticos perfeitos", o veredicto conjunto deles é que determinaria o "padrão do gosto" para determinada manifestação artística.
   Alguém poderia se questionar por que, se eles já são "críticos absolutos", haveria a necessidade de um veredicto comum. Hume explica que, mesmo entre esses excelsos senhores, poderia haver o reconhecimento da qualidade de uma obra, mas uma discussão sobre a hierarquia das diversas obras, isso porque há sempre (i) diferença de temperamento dos indivíduos e (ii) diferenças de costume e opiniões de épocas e lugares.
   Ótimo ensaio! Vale a pena ser lido. Aliás, a escrita de Hume é bastante clara e agradável.
   Que Spinoza não me leia, mas está aumentando meu interesse pelo irlandês a cada leitura que faço.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Big Brother Brasil

   Acho qualquer "reality show" muito chato... até porque de "realidade", eles não têm nada.  São "bonitões" e "gostosonas" colocados juntos em uma casa, não fazendo nada de interessante, incentivados a manterem relacionamentos... que podem - ou, talvez, devam - chegar ao sexo, para dar mais audiência.
    Eis que, no meio disso tudo, encontro um possível "herói". Seu nome é Daniel. Nome bonito... de anjo! Fui ver o significado e lá está: "Deus é meu juiz". Acompanha este significado, uma breve descrição  da personalidade do dono do nome: "indica uma pessoa que não se preocupa exageradamente com a opinião dos outros. O importante para ele é estar em paz com a própria consciência e com seus princípios morais".
   À parte a graça da descrição da personalidade de alguém baseado no nome, que só lhe pertence por vontade de seus pais, os quais, obviamente, quando registram o pequeno rebento, não têm a mínima ideia de como será o seu caráter, vemos que o rapaz só se preocupa em estar "em paz com a própria consciência e com seus princípios morais". Interessante... Segundo vejo por aí, o Daniel em questão, do BBB 12, deve estar bem em paz com sua consciência, afinal, nada mais fez do que pegar uma das moçoilas da casa, de "pilequinho", levá-la para onde ela queria ir, e, aparentemente, fazer o que ambos queriam - escrevo "aparentemente", mas nem vi a aparência da coisa, pois não assisto ao programa.
   Disse que o rapaz era, pelo menos potencialmente, o meu "herói", mas certamente isso não se deve à relação - consentida ou não - com a senhorita BBB. A realização da "heroicidade" do rapaz pode se dar, para mim, se, por sua causa, esse programa for terminantemente excluído de nossas telinhas. Se essa for a decisão do governo - o que eu acho muuuuuuuuito difícil de ocorrer -, farei do Daniel um ícone da cultura brasileira. 
   Dá-lhe, Daniel!
   

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Mais Filosofia... ou não?

   Pascal dizia que "Um pouco de Filosofia afasta-nos da religião, bastante Filosofia aproxima-nos dela". Será mesmo?
   Se ele está certo, tenho por garantido que estou no lado do "um pouco"-"distantes". O problema é que tenho minhas dúvidas se, lá, do lado dos "aproximados" e, segundo o francês, do "bastante [Filosofia]", não está só quem já chegou à própria Filosofia com uma grande carga religiosa na alma. A conversão do próprio Pascal, por exemplo, não parece ter muito a ver com o acréscimo do seu saber filosófico.
   Aliás, em breve, overdoses de Hume, onde aparecerá o assunto "religião".

4 Ajaw 3 K'ank'in

   Alguém ainda tem medo dessa data aí de cima?
   Para quem não percebeu, essa é a data que, diz-se, foi informada pelos maias como sendo a do final dos tempos, ou seja, 21 de dezembro de 2012.
   Escrevo em janeiro, ou seja, mal começado o suposto ano apocalíptico maia, mas, fora as coisas de sempre - chuvas que matam no Sudeste; tentativas de golpes de Estado pelo mundo; matanças aqui e acolá; crises do Capitalismo; etc. e tal -, nada indica uma grande catástrofe a se aproximar.
    Mas para quem pensa que só escrevo para confirmar minha descrença no Apocalipse - o que realmente representa o meu modo de pensar - enganou-se. Na verdade, quero registrar, o que já é sabido por muitos, que os arqueólogos já chegaram à conclusão que os maias simplesmente previram o início de um era, em 2012, regida por um novo deus.
   Em matéria de O Globo, de 07 de janeiro de 2012, no caderno "História", entitulada "Sem medo do fim do mundo", está tudo explicado.
   Lá está escrito:
   "Os maias pré-hispânicos tinham uma obsessão pelo tempo. Com uma observação  exaustiva dos astros, eles construíam calendários precisos e previam eventos que ditavam a vida de sua civilização. Um registro em especial, no entanto, tem chamado a atenção [...] 4 Ajaw 3 K'ank'in, ou, segundo correlações feitas por arqueólogos, 21 de dezembro de 2012. [...] Com a chegada de 2012, ganhou força a ideia de que os maias, com todo seu conhecimento sobre o tempo, teriam previsto uma catástrofe global nesta data. Os especialistas na cultura [maia], porém, asseguram que o fim não está próximo. [...] A afirmação dos especialistas se baseia na organização maia do tempo, dividido em eras de 5.125 anos - ou 13 baktunes, períodos de aproximadamente 400 anos cada. O fim de uma era significa o início de outra, em uma visão cíclica de constante renovação comum em várias religiões. Assim, a inscrição em Tortuguero traz, de fato, uma profecia: a conclusão de 13 baktunes marcaria o retorno de uma importante divindade maia, Bolon Yokte [...] Desta forma, o 21 de dezembro de 2012 significava para os maias appenas o início de uma nova era e a volta de um deus, e não o fim do mundo."
   Esclarecido?
   Uma outra curiosidade, explicada na matéria, é a seguinte:
  "Os governantes maias, considerados descendentes dos deuses na Terra, podiam modificar a contagem do tempo segundo suas conveniências. Em Palenque, arqueólogos descobriram uma inscrição sobre a vida do governante Pakal II em que a duração de uma era seria de 20 baktunes, e não de 13. Isso significaria  que, para os maias dessa região, a erra atual terminaria bem depois do ano 4000, próxima data que pode acabr associada erroneamente pelas futuras gerações a um novo apocalipse".
   Quem quiser "tirar uma onda" por aí, já pode apelar ao "outro calendário maia" e, criativamente, informar aos amigos que esse papo de fim do mundo em 2012 é balela, mas que os maias "realmente" disseram que "Aos 4000 chegarás, mas dos 5000 não passarás!". Informem isso em tom solene, porque faz mais sucesso. Rsss. 

Espondiloartrite

   O Serviço Médico do "Amigos dos Amigos" informa:
   "Se você apresentar dor lombar com as seguintes características: duração maior do que três meses; início insidioso; rigidez lombar matinal; melhora da dor lombar o co exercício; nenhuma melhora com o repouso e piora noturna da dor, geralmente na segunda metada da noite, com alívio subsequente após levantar-se, procure um reumatologista, pois você pode ser portador de uma doença reumática crônica autoimune chamada de espondiloartrite".
   Eu escrevo isso porque sofri algum tempo com um dor aguda na região lombar, principalmente ao acordar. Fui ao ortopedista e, ainda bem, tratava-se só de uma inflamação. Mas tive que fazer ressonância para verificar. Não chegou a ser a tal espondiloartrite, mas tenho que me cuidar para que a coisa não fique crônica.
   Vale a dica para os amigos, pois, nesses tempos corridos, pensamos logo que é estresse, falta de descanso e má postura - se bem que essas coisas também colaboram para a inflamação -, e vamos deixando de lado o que pode ser algo sério.

Começando o ano

   Dizem que no Brasil o ano só começa depois do carnaval. Estou aqui, hoje, justamente para provar que isso é mentira... se bem que já andamos mais perto do mês desta festividade do que do 1º de janeiro, que efetivamente marcou a entrada desse novo ano de 2012. Mas isso é mero detalhe. Rsss.
   Depois da brincadeira, tenho que começar desculpando-me do atraso em iniciar o ano blogueiro de 2012. Mas, como dizem por aí, antes tarde do que nunca.
   Começo, então, bem de leve - como se ainda estivesse naquela ressaca pós-primeiro-de-janeiro. Rsss -, só citando uma frase de Leonardo Da Vinci:
   "A simplicidade é o último grau de sofisticação".
   Bem vindos, todos os amigos, ao ano de 2012, pelo menos, no que se refere a este blog!