quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

4 Ajaw 3 K'ank'in

   Alguém ainda tem medo dessa data aí de cima?
   Para quem não percebeu, essa é a data que, diz-se, foi informada pelos maias como sendo a do final dos tempos, ou seja, 21 de dezembro de 2012.
   Escrevo em janeiro, ou seja, mal começado o suposto ano apocalíptico maia, mas, fora as coisas de sempre - chuvas que matam no Sudeste; tentativas de golpes de Estado pelo mundo; matanças aqui e acolá; crises do Capitalismo; etc. e tal -, nada indica uma grande catástrofe a se aproximar.
    Mas para quem pensa que só escrevo para confirmar minha descrença no Apocalipse - o que realmente representa o meu modo de pensar - enganou-se. Na verdade, quero registrar, o que já é sabido por muitos, que os arqueólogos já chegaram à conclusão que os maias simplesmente previram o início de um era, em 2012, regida por um novo deus.
   Em matéria de O Globo, de 07 de janeiro de 2012, no caderno "História", entitulada "Sem medo do fim do mundo", está tudo explicado.
   Lá está escrito:
   "Os maias pré-hispânicos tinham uma obsessão pelo tempo. Com uma observação  exaustiva dos astros, eles construíam calendários precisos e previam eventos que ditavam a vida de sua civilização. Um registro em especial, no entanto, tem chamado a atenção [...] 4 Ajaw 3 K'ank'in, ou, segundo correlações feitas por arqueólogos, 21 de dezembro de 2012. [...] Com a chegada de 2012, ganhou força a ideia de que os maias, com todo seu conhecimento sobre o tempo, teriam previsto uma catástrofe global nesta data. Os especialistas na cultura [maia], porém, asseguram que o fim não está próximo. [...] A afirmação dos especialistas se baseia na organização maia do tempo, dividido em eras de 5.125 anos - ou 13 baktunes, períodos de aproximadamente 400 anos cada. O fim de uma era significa o início de outra, em uma visão cíclica de constante renovação comum em várias religiões. Assim, a inscrição em Tortuguero traz, de fato, uma profecia: a conclusão de 13 baktunes marcaria o retorno de uma importante divindade maia, Bolon Yokte [...] Desta forma, o 21 de dezembro de 2012 significava para os maias appenas o início de uma nova era e a volta de um deus, e não o fim do mundo."
   Esclarecido?
   Uma outra curiosidade, explicada na matéria, é a seguinte:
  "Os governantes maias, considerados descendentes dos deuses na Terra, podiam modificar a contagem do tempo segundo suas conveniências. Em Palenque, arqueólogos descobriram uma inscrição sobre a vida do governante Pakal II em que a duração de uma era seria de 20 baktunes, e não de 13. Isso significaria  que, para os maias dessa região, a erra atual terminaria bem depois do ano 4000, próxima data que pode acabr associada erroneamente pelas futuras gerações a um novo apocalipse".
   Quem quiser "tirar uma onda" por aí, já pode apelar ao "outro calendário maia" e, criativamente, informar aos amigos que esse papo de fim do mundo em 2012 é balela, mas que os maias "realmente" disseram que "Aos 4000 chegarás, mas dos 5000 não passarás!". Informem isso em tom solene, porque faz mais sucesso. Rsss. 

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