Não sou especialista em Contabilidade. Ao afirmar isso, deixo claro que não sou a melhor pessoa para criticar o Balanço divulgado ontem pela nossa grande empresa de petróleo.
Contudo, mesmo admitindo minha ignorância na matéria, achei muito primária a forma de cálculo que permitiu aos auditores avaliar em R$ 6,2 bilhões as perdas da empresa com "corrupção".
Vejamos como foi feito o cálculo. Identificaram-se os contratos que envolviam as empresas citadas na Operação Lava Jato. Somaram-se os valores destes contratos, chegando-se a R$ 199,6 bilhões. Aplicou-se o percentual de 3% - que corresponde ao que foi informado pelos delatores, na supracitada investigação, como sendo a propina paga para distribuição entre os partidos políticos. E, pronto, o número "mágico" de R$ 6,2 bilhões apareceu.
Ora, os valores destinados às próprias empresas não foram levantados? E aqueles roubados pelos funcionários da própria Petrobras?
Eu sei que os valores de perdas devem ser bastante "conservadores" no Balanço, mas acho que os auditores pecaram por excesso nesse conservadorismo. Se procurassem a fundo, acho que descobririam algo umas três vezes maior... basta pensar nos "famosos" 10% de "taxa de facilitação" usuais.
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