segunda-feira, 11 de junho de 2018

Palavra de médico sobre homossexualidade (2)


   Ainda na mesma linha do post anterior, há outro artigo do Dr. Drauzio Varella, do mesmo livro. Vejamos alguns trechos de "O sexo redefinido":
   A ideia de que existam apenas dois sexos separados pela presença ou ausência de um cromossoma Y é simplista. Os cromossomas podem dizer uma coisa, enquanto ovários, testículos, hormônios e a anatomia sexual indicam outra direção.
   Quando a genética é levada em consideração, a linha divisória entre os sexos fica nebulosa. A divisão genética existente nos tecidos de uma pessoa nem sempre se enquadra na ortodoxia binária: masculino/feminino.
   Do ponto de vista genético, existe entre as mulheres e os homens típicos um espectro de pessoas com variações cromossômicas sutis, moderadas ou acentuadas.
   O dogma de que cada célula contém exatamente o mesmo set de genes está ultrapassada. Em alguns casos, os cromossomas se misturam no óvulo fertilizado, de modo que um embrião que iniciou como XY pode perder o cromossoma Y em um grupo de células (mosaicismo).
   Nesses casos, se a maioria de suas células for XY, a aparência física será de homem. Se a maioria for XX, a mulher terá ovários atrofiados e baixa estatura (Síndrome de Turner).
   À medida que a Biologia deixa claro que o conceito de sexo envolve um espectro, a sociedade e as leis terão que decidir como traçar a linha divisória entre os gêneros. Devem ser considerados os cromossomas, as células, os hormônios ou a anatomia externa? E o que fazer quando esses parâmetros se contradizem?
   Diante de tal complexidade, não seria mais sensato considerarmos irrelevante o sexo ou o gênero de qualquer pessoa?

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