Mas o que dizer da "guerra cultural" que, defendem alguns, está em curso agora, contra o Ocidente?
Seguindo o que é apresentado pelos defensores desta ideia aqui no cenário brasileiro, temos que esta guerra é empreendida com a utilização das estratégias propostas pelo "marxismo cultural".
E o que quer dizer exatamente isso?
Em resumo, a ideia apresentada é a seguinte: quando perceberam que não haveria mais a possibilidade de implantar o socialismo - como passo inicial para o comunismo -, através de uma revolução, como preconizava o marxismo clássico, imaginou-se um outro caminho para alcançar o mesmo fim. Esse caminho seria o da substituição dos "valores burgueses" por outros, mais alinhados ao pensamento marxista, através de ações sobre a cultura ocidental.
Assim é que, ao invés do campo econômico, que se referia à base, no pensamento marxista clássico, a atuação se daria sobre o campo cultural, referente à superestrutura daquele mesmo pensamento.
O que parece mais interessante, entretanto, é que essas modificações seriam propostas a partir de "dentro" do próprio Ocidente, ou seja, as ações que permitiriam a substituição dos chamados "valores burgueses", na sua maior parte, seriam implementadas por cidadãos que vivenciam esses mesmos valores. Assim é que, se insurgindo contra a "democracia" de cunho liberal, os seus detratores se valeriam justamente dos espaços democráticos que admitem o embate de opiniões distintas.
Mas há algo meio "estranho"...
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