quarta-feira, 12 de maio de 2010

Machiavelli, por Spinoza

  Nosso sempre sensato filósofo luso-holandês não acompanhou a maioria dos críticos do grande Machiavelli, fazendo uma leitura de O Príncipe que "teria posteriormente grande repercussão" - segundo nos informa Luiz A. Hebeche, em seu A Guerra de Maquiavel.
  Escreveu Spinoza, no Tratado Político: "talvez Maquiavel tenha querido, também, mostrar o quanto a população se deve defender de entregar o seu bem-estar a um único homem que, se não é fútil, ao ponto de se julgar capaz de agradar a todos, deverá constantemente recear qualquer conspiração e, por isso, vê-se obrigado a preocupar-se, sobretudo, consigo próprio e, assim, enganar a população em vez de salvaguardá-la. E estou mais disposto a julgar assim acerca desse habilíssimo autor, quando mais se concorda em considerá-lo um partidário constante da liberdade e quanto sobre a maneira necessária de a conservar, ele deu opiniões muito salutares".
  Um gênio fazendo referências positivas a outro é sempre gostoso de ler!

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