sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Medida óbvia


   Dificuldades financeiras no governo do Estado do Rio de Janeiro. O que fazer? Qualquer leigo no assunto diria: aumenta as receitas ou diminui as despesas... ou até as duas coisas juntas.
   Aumentar receitas, normalmente, implica aumento de impostos e taxas - já que os repasses da União só tendem a cair -, e isso é muito penoso para um povo que já está sofrendo com tantos aumentos.
   Diminuição das despesas, usualmente, é sinônimo de redução de investimentos. Até porque os chefes do Executivo, em todos os níveis e lugares, reclamam que há muito engessamento e comprometimentos necessários no Orçamento.
   No Rio de Janeiro, por exemplo, R$ 26 bilhões (quase 40%) do total de receitas do Estado, de R$ 66 bilhões, são usados para pagamento do funcionalismo público estadual. Aí... vão dizer: "Está vendo... Esse é um gasto que não pode ser cortado!" - com todos os parcelamentos de salários que o governador Pezão tem feito. Mas... não é bem assim. Há hoje, no Estado, 14.819 funcionários lotados em cargos comissionados, ou seja, são escolhidos sem concurso público - pelo menos a grande maioria deles -, o que faz com que não tenham estabilidade. Deste modo, se não há dinheiro para pagar a todos, adivinhem quem deveriam ser os primeiros cortados, ou melhor, os únicos? Pois é... eles! Mas não é que o governador, só agora, "estuda cortar 30% dos comissionados"? Estuda... e 30% (4.500)... Ah, tá!

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