Continuo lendo "A Filosofia na alcova", de Sade. Cheguei à parte mais "filosófica" do livro, que dizem ter sido inserida tardiamente entre as falas das personagens. Trata-se de "Franceses, mais um esforço se quereis ser republicanos". Nesta, aparece de modo mais direto a crítica à religião e aos costumes.
Depois, comentarei especificamente o que lá está escrito. Mas a condução coercitiva do Lula, hoje, me fez associar tal fato com um pedaço do texto. Aliás, outro dia li uma reportagem de um jornalista que dizia que a situação do nosso ex-presidente é bem tranquila... afinal, basta ele explicar claramente sua situação em relação aos imóveis - os quais, diga-se de passagem, ele poderia facilmente adquirir com seus próprios recursos, advindos das várias "palestras" ministradas... algumas bancadas pelo pessoal da OAS e companhia.
Mas voltemos a Sade. Ele trata, no texto em questão, dos "crimes que possamos cometer contra nossos irmãos", indicando que "eles se reduzem a quatro principais". Estes são: a calúnia; o roubo; os crimes que, causados pela impureza, desagradam e o assassinato.
Sade diz que não considera a calúnia um mal. E ele explica o porquê. Se a calúnia atinge um homem verdadeiramente perverso, ela é quase indiferente; e se recai sobre um homem virtuoso, "que ele não se alarme; que ele se mostre, e todo o veneno do caluniador acabará sendo inoculado no próprio. Para tais pessoas, a calúnia é apenas um escrutínio depuratório do qual sua virtude só sairá mais brilhante".
Comparando o escrito com nosso ex-presidente, que se diz o homem mais honrado do Brasil, eu recomendaria que, em vez de ficar soltando notinhas através do Instituto Lula, ele se apresentasse de peito aberto ao Ministério Público - e a quem mais lhe aprouver - e contasse sua verdade... ou melhor, a verdade. Afinal, como diz Sade, "para tais pessoas [as virtuosas, como Lula diz ser], a calúnia é apenas um escrutínio depuratório do qual sua virtude só sairá mais brilhante".
Mostra para eles, Lulão... mas cuidado com o que vai falar. Rsss
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