quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Para que se vota em alguém? (3)


   Seguindo...
   5) Os governantes são eleitos?
   Segundo o Luís, "não", visto que os auxiliares, como os ministros, não são escolhidos pelo eleitor junto com o titular.
   Acho que não é bem assim. Não seria muito racional submeter ao eleitor escolher o titular e todos os seus auxiliares - até porque estes são convidados, muitas vezes, posteriormente... lembrando até que, normalmente, não são agentes políticos de carreira.
   Além disso - e, talvez, o mais importante - escolhemos o representante de uma ideia geral, que precisa se cercar de especialistas em assuntos específicos, como economia, meio ambiente, agropecuária, educação, etc. A mim parece que seria uma utopia muito grande esperar que escolhêssemos TODOS os integrantes do governo. Nenhuma estrutura organizacional funciona assim. Numa empresa particular, o presidente escolhe superintendentes e alguns diretores, mas não vai descendo por todos os escalões. A "ideia geral" é o que importa. Escolhendo o escalão que lhe é mais próximo, em tese, garante que seus subordinados também prosseguirão com a mesma ideia e escolherão pessoas alinhadas à mesma.
   6) Quando podem, os eleitos têm interesse de agir?
   Segundo o Luís, "não", porque estão interessados apenas em se manter no poder.
   Novamente, não acho que seja bem assim. Ora, outra vez, nosso amigo está falando de algo que não deve ser, como se fosse, a regra. Em princípio, um político profissional tem que se manter no poder a fim de ter a possibilidade de implantar suas ideias, agindo em prol da sociedade. Ou seja, a manutenção do poder é um meio para que o fim, que é agir em benefício da sociedade, seja realizado. O político que confunde o meio com o fim não é um bom político. Decerto que isso pode até ser o mais comum na prática de nossa vida política, mas, de novo, a corruptela não pode ser confundida com uma característica do sistema.
  Vai continuar...

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