Em 23 de abril de 2018, Celso Rocha de Barros escreveu um artigo intitulado "Pode surgir algo de novo dos escombros do sistema partidário?".
Celso analisa as mudanças que vinham - e vêm - ocorrendo em relação ao cenário político, no que concerne aos partidos e aos nomes dos pré-candidatos à Presidência. Entre as questões apresentadas, surge uma relativa à preocupação com a necessidade do surgimento de partidos que tenham, efetivamente, peso para as eleições. Sua posição fica assim registrada:
"O maior risco para o Brasil, no momento, mais do que qualquer problema fiscal ou social, é ficar sem partidos fortes, os únicos antídotos conhecidos contra os personalismos que já acabaram com mais [de] um país latino-americano".
Já manifestei aqui preocupação semelhante. Acho que os partidos têm que ser a base do sistema eleitoral, com seus programas bem definidos. Aliás, é assim que o sistema está projetado. Os grandes "puxadores" de votos podem ser interessantes para multiplicar as cadeiras conquistadas pelos partidos, mas eles acabam por superar completamente - eu diria até "esmagar" - os programas dos próprios partidos, tornando os mesmos quase apêndices dessas figuras, em vez de protagonistas do sistema eleitoral, como devem ser.
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